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Mais de 5.600 ficarão sem emprego com falência da Varig

Ainda de acordo com o sindicalista, a Varig tem hoje 19 aviões em operação, de um total de 49 disponíveis. Boa parte das aeronaves está no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Sindicato dos Aeroviários do Estado de São Paulo, Uébio José da Silva, disse que dos cerca de 8 mil aeroviários (trabalhadores em terra) da Varig, mais de 70% - ou 5.600 pessoas - não serão absorvidos pelo mercado em caso de falência da companhia. Isso porque, segundo ele, as companhias domésticas que herdarão vôos e slots (horários de vôos nos aeroportos) têm capacidade para empregar menos de 30% do total. TAM, Gol, BRA e OceanAir já foram acionadas para um esquema de contingenciamento de emergência organizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) diante de diversos cancelamentos de vôos da Varig. Segundo Silva, os funcionários da Varig têm os maiores salários do mercado e isso será um empecilho para a sua aceitação por parte de outras companhias, embora eles sejam reconhecidos pela boa capacidade técnica. Ainda de acordo com o sindicalista, a Varig tem hoje 19 aviões em operação, de um total de 49 disponíveis. Boa parte das aeronaves está no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Suspensão Silva declarou ainda que estão interrompidas até quarta-feira, dia 28 de junho, as demissões programadas na Sata, divisão de movimentação aeroportuária do Grupo Varig. Na terça-feira, representantes da companhia informaram o sindicato que pretendem cortar entre 1.800 e 2 mil funcionários em todo o País para tentar manter suas operações. Atualmente, a empresa conta com 5.700 empregados e está em crise porque seu funcionamento depende em grande parte da Varig. "Conseguimos negociar um prazo maior para início dos cortes até quarta-feira, enquanto esperamos o que vai acontecer com a Varig". A Sata presta serviços de check-in e movimentação de equipamentos e bagagens para a Varig e outras companhias aéreas nos principais aeroportos brasileiros. Destino O destino da companhia será definido ainda nesta sexta. Isso porque os Trabalhadores do Grupo Varig (TGV) deveriam ter depositado até às 11 horas os US$ 75 milhões referentes ao sinal da compra, como forma de efetivar o arremate do dia 8 de junho. O valor total oferecido pela Varig foi de US$ 449 milhões. A multa em caso de descumprimento do pagamento é de 20% do valor total. O juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial responsável pelo processo de recuperação judicial da Varig, dará uma entrevista coletiva hoje às 18 horas sobre o desfecho do leilão de venda da companhia. Uma vez não feito o depósito, o leilão será anulado. Caso isso ocorra, três alternativas são possíveis: falência definitiva, um novo leilão ou a convocação de assembléia de credores para avaliar a oferta de US$ 500 milhões apresentada pela VarigLog à Justiça, na terça-feira.

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