As siderúrgicas norte-americanas não poderão contar por muito mais tempo com o protecionismo garantido pelo governo daquele país, avaliou há pouco a ex-presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Maria Silvia Bastos. "Com exceção de algumas poucas unidades, as usinas siderúrgicas dos Estados Unidos são obsoletas e quando terminar a vida útil dos autofornos, não haverá financiamento para manter essa ineficiência", avaliou. Segundo ela, o governo norte-americano "não presta atenção nas determinações da Organização Mundial do Comércio (OMC) e, por isso, não abre esse mercado para a livre competição. Contudo, diante da incapacidade de suas siderúrgicas se modernizarem, a executiva avalia que o mercado daquele país poderá ser explorado por outras empresas. Maria Silvia avaliou que a indústria siderúrgica brasileira é a mais competitiva em termos mundiais porque o Brasil possui o melhor minério de ferro do mundo, seu parque siderúrgico está próximo das minas e do mercado de consumo, facilitando assim a logística e, por fim, porque as empresas investiram em mais de dez anos na expansão de sua qualidade, produtividade e preservação do meio ambiente.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.