Mercado aposta em inflação de 6%, diz BC

O mercado ainda aposta em uma taxa de câmbio de R$ 2,73 no final do ano, um superávit da balança comercial de US$ 5 bilhões e um crescimento do PIB de 1,85%

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Por Agencia Estado
Atualização:

O mercado financeiro continua aumentando, a cada semana, as previsões sobre o comportamento da inflação para este ano e para 2003, distanciando-se progressivamente da meta estabelecida pelo governo. Na última pesquisa feita pelo Banco Central entre instituições financeiras, divulgada ontem, a média das projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu de 5,96% para 6%. A meta oficial tem como limite 5,5%. Foi a sexta vez consecutiva em que o mercado aumentou sua expectiva para a imflação. A previsão para 2003 também subiu, passando de 4,35% para 4,40%. A estimativa para o IPCA do último mês de julho foi de 1,05% para 1,10%. Para agosto, no entanto, as projeção média para o índice, que é usado como referência para a política oficial de metas inflacionárias, manteve-se em 0,50%. A pesquisa é feita semanalmente pelo BC entre um grupo de cem instituições financeiras e empresas de consultoria. A instabilidade recente do mercado de câmbio também se refletiu na pesquisa. As projeções de mercado para a cotação do dólar, no final de 2002, subiram de R$ 2,60 para R$ 2,65. Para o final de 2003, a estimativas da taxa de câmbio foram também elevadas, de R$ 2,70 para R$ 2,73. Também piorou a expectativa para o crescimento da economia. Na média, a projeção mais recente prevê crescimento de 1,85% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2002, contra 1,93% na semana anterior. As previsões para 2003 também foram revisadas para baixo, de 3,50% para 3,45%. As boas notícias ficaram para a balança comercial. O mercado, que na semana passada apostava num superávit de US$ 4,6 bilhões, acredita agora que o País relizará este ano um saldo positivo de US$ 5 bilhões. As projeções para 2003 também aumentaram, passando de US$ 5,50 bilhões para US$ 5,54 bilhões. Apesar disso, o mercado não mudou a previsão para o déficit em conta corrente do balanço de pagamentos, que inclui, além das exportações e importações, o resultado das transações de serviços com o exterior. A estimativa do déficit de 2002 continua em US$ 20 bilhões. A projeção para 2003, contudo, caiu de US$ 20,2 bilhões para US$ 19,65 bilhões. Bancos e consultores mantiveram as previsões para os investimentos diretos do exterior: US$ 17 bilhões e US$ 18 bilhões, em 2002 e 2003, respectivamente.

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