A estabilidade da última semana nos mercados brasileiros começa a ser testada hoje, com o início da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e o leilão semanal de títulos do governo. O crescimento da economia a taxas declinantes de inflação, após o governo ter conseguido cumprir as metas do ano passado com folga, faz com que os investidores fiquem mais confiantes e prevejam com mais segurança os seus movimentos. A melhora do cenário externo foi o empurrão que faltava para o otimismo que se generalizou. Em função disso, desde o início da semana passada, as apostas dos investidores estão feitas. Todas sinalizam para uma queda da Selic, a taxa básica referencial da economia, mas há discordâncias quanto ao tamanho do corte. A maioria dos analistas acredita em uma redução entre 0,25 e 0,75 ponto porcentual. A Selic está atualmente em 15,75% ao ano. Amanhã, após o encerramento dos negócios, será conhecida decisão do Copom. De qualquer modo, o leilão semanal de títulos do Tesouro de hoje pode ser a primeira prova para os mercado. A queda-de-braço nas transações definirá a que taxas de juros os investidores estão dispostos a operar e, com isso, quem previu corretamente a nova Selic e saiu lucrando. Essa movimentação deve elevar o volume de negócios em relação a ontem, quando o feriado nos EUA reduziu muito as transações.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.