Os mercados brasileiros reagiram de forma positiva à decisão do banco central norte-americano (Fed), que decidiu manter os juros básicos do país em 1% ao ano. A Bolsa de Valores de São Pulo (Bovespa) operava em alta de 1,15% antes do anúncio da decisão do Fed. Às 15h22, após o anúncio da decisão, a Bovespa opera em alta de 2,25%. O dólar comercial recuou e, às 15h23, é cotado a R$ 2,9640 na ponta de venda dos negócios, em baixa de 0,54%. O C-Bond, principal título da dívida brasileira negociado no exterior, que vem acumulando queda nas últimas semanas, em função de uma expectativa de alta dos juros norte-americanos, opera em alta e, s 15h26, é vendido a 91,500 centavos por dólar. Ontem, no encerramento dos negócios, estava em 91,188 centavos por dólar. O risco Brasil ? taxa que mede a confiança do investidor estrangeiro na capacidade de pagamento da dívida do país ? está em 663 pontos base, em queda em relação ao fechamento de ontem (701 pontos base). Quanto menor esta taxa, maior é a confiança do investidor estrangeiro. Com o risco neste patamar, significa que os investidores pedem uma taxa de 6,63 ponto porcentuais acima dos juros pagos nos títulos norte-americanos, considerados sem risco. Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones ? que mede o desempenho das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York ? subiu para 0,15% após o anúncio de manutenção dos juros norte-americanos. A Nasdaq ? bolsa que negocia papéis do setor de tecnologia e Internet ? subiu para 0,53%. Próxima reunião no final de junho Os investidores aguardavam com atenção o resultado da reunião do banco central dos Estados Unidos. A manutenção da taxa em 1% ao ano era amplamente esperada, assim como a retirada da palavra "paciência". No comunicado divulgado ao final da reunião, a novidade foi o termo "andamento controlado para o aperto monetário", o que sinaliza alta gradual dos juros nos Estados Unidos. Juros mais altos nos Estados Unidos aumentam a aversão dos investidores por risco, já que é possível receber um ganho maior em títulos considerados sem risco, os papéis da dívida norte-americana. Além disso prejudicam a atividade econômica mundial, principalmente dos países emergentes. Veja no link abaixo, mais informações sobre este assunto.