Bolsas da Europa caem com incertezas sobre Grécia

Resultados corporativos decepcionantes também influenciaram pregões europeus

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Por Angelo Ikeda e da Agência Estado
Atualização:

As principais bolsas da Europa fecharam em leve baixa nesta quarta-feira, em meio a alguns resultados corporativos decepcionantes e incertezas quanto ao rumo das negociações entre a Grécia e seus credores privados para a reestruturação da dívida. O índice pan-europeu Stoxx 600 perdeu 0,4%, fechando aos 254,95 pontos.

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Para evitar um calote, a Grécia precisa chegar a um acordo com credores e, dessa maneira, garantir um segundo pacote de socorro do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da União Europeia. Sem a ajuda, a Grécia não conseguirá pagar € 15,5 bilhões em dívidas que vencem em março.

Ações dos setores farmacêutico e de telecomunicações pressionaram os mercados, com os papéis da Ericsson caindo 14,1%. A empresa sueca registrou uma queda de 65% em seu lucro do quarto trimestre. Com o resultado da Ericsson, as ações da Alcatel-Lucent perderam 7,7% e as da Nokia caíram 1%. Entre as operadoras de telefonia, Telecom Itália fechou em baixa de 2,5% e Telekom Austria caiu 1,8%.

No setor farmacêutico, Novartis recuou 2,5%, depois de a empresa afirmar que sua rentabilidade vai cair este ano devido à concorrência de produtos genéricos. Ainda no setor, AstraZeneca perdeu 0,7% e Bayer caiu 1,1%

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Na Bolsa de Londres, o índice FTSE recuou 0,5%, aos 5.723 pontos. As ações de bancos registraram as maiores perdas, em linha com o desempenho dos papéis do setor em outros mercados europeus. Royal Bank of Scotland, Lloyds e Standard Chartered perderam 1,7%, 2,6% e 1,2%, respectivamente. Carnival recuou 2,4%, ainda sob o impacto das repercussões do desastre com o Costa Concordia.

O índice CAC-40 da Bolsa de Paris fechou com leve queda de 0,3%, aos 3.312,48 pontos. Société Generale e Credit Agricole recuaram 2,6% e 1,5%, ampliando as perdas depois que a Standard & Poor's rebaixou os ratings dos dois bancos de 'A+' para 'A'.

A queda das ações do setor bancário, no entanto, foi vista como algo normal por analistas, após um começo de ano excepcional. "Vimos algumas altas extraordinárias nas ações de bancos este ano, então um pouco de realização de lucros é algo compreensível", disse John Ventre, gestor de fundos no Skandia Investment Group.

Em Frankfurt, o índice DAX fechou estável, aos 6.421,85 pontos, com as incertezas em relação à situação grega compensadas pelo índice IFO, que veio acima das expectativas. O indicador, que mede o sentimento econômico das empresas na Alemanha, subiu pelo terceiro mês seguido, para 108,3 em janeiro, de 107,2 em dezembro. O índice de expectativas das empresas avançou para 100,9, de 98,4, na mesma base de comparação. Ambos ficaram acima das previsões dos economistas de alta para 107,6 e a 99,0, respectivamente. As ações da Siemens caíram 5%, depois de a empresa anunciar que seus resultados no primeiro trimestre deverão ficar abaixo das previsões. As informações são da Dow Jones.

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