Bônus emergentes ganham terreno com menor aversão ao risco

Os preços dos bônus da dívida dos países emergentes ficaram estáveis nesta quinta-feira, em dia de recuo dos preços dos títulos do Tesouro dos EUA. O prêmio de risco do índice Emerging Market Bond Index Global (Embig), do JPMorgan, reduziu-se em 5 pontos-base, para 313 pontos-base; em termos de preço, o Embig ficou estável.

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Por Renato Martins e da Agência Estado
Atualização:

"O dia de hoje foi, sem dúvida, mais positivo em termos de apetite por risco", disse a estrategista Kathryn Rooney, da Bulltick Capital Markets. "Estamos em uma faixa muito volátil, na qual a maioria das mudanças está relacionada às notícias que vêm do Japão. Enquanto isso perdurar, a volatilidade vai persistir", ressalvou Enrique Alvarez, da IdeaGlobal. Ele observou que os efeitos do terremoto no Japão deixaram a crise da dívida europeia momentaneamente em segundo plano, mas que más notícias nessa área deverão sair em breve, o que contribuiria para um novo crescimento da aversão ao risco.

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O prêmio de risco dos bônus do Brasil reduziu-se em 4 pontos-base, para 188 pontos-base acima dos Treasuries; o do México encolheu 5 pontos-base, para 167 pontos-base.

Os destaques do dia, porém, foram os bônus de Argentina e Venezuela. O spread dos bônus da Argentina reduziu-se em 18 pontos-base, para 590 pontos-base, e o da Venezuela recuou 7 pontos-base, para 1.198 pontos-base.

Em contraste, o prêmio de risco dos bônus do Chile elevou-se em 10 pontos-base e sua parcela no Embig caiu 0,92% em termos de preço, devido à preocupação de que o desastre no Japão leve a uma redução da demanda por cobre. "Há um certo sentimento negativo em relação ao Chile no curto prazo, por causa das dúvidas sobre a demanda por suas exportações de cobre", disse Rooney. O Banco Central do Chile se reúne hoje e a expectativa do mercado é de que a taxa básica de juros seja elevada em 25 pontos-base. As informações são da Dow Jones.

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