O governo da Colômbia planeja recorrer ao mercado de capitais por meio da reabertura de seus bônus globais denominados em pesos com vencimento em 2021, de acordo com um documento entregue à Securities and Exchange Comission (SEC, a CVM norte-americana). O documento não informa o valor da transação, mas ele será somado à oferta de US$ 800 milhões em bônus concluída em abril. Bank of America Merrill Lynch e Deutsche Bank Securities são os coordenadores da operação, que ocorre enquanto o otimismo com relação à Colômbia aumenta. Na oferta de abril os bônus foram vendidos ao par, com yield (retorno ao investidor) de 7,75% e spread (prêmio) 389 pontos-base sobre os Treasuries. Investidores e analistas esperam que as políticas favoráveis ao mercado do atual governo de Álvaro Uribe avancem durante o governo do presidente eleito Juan Manuel Santos. Na semana passada, a agência de classificação de risco Standard & Poor's revisou a perspectiva para o rating da Colômbia de estável para positiva. A atitude é vista como precursora de uma elevação do rating de crédito do país, que o levaria de volta ao grau de investimento pela primeira vez em quase uma década. O ministro de Finanças colombiano, Oscar Ivan Zuluaga, afirmou no início deste mês que o governo planeja aumentar seus empréstimos nos mercados local e internacional em cerca de US$ 2 bilhões, para substituir receita com privatizações que estavam programadas para este ano. O governo vai tomar emprestados US$ 500 milhões por meio de uma emissão internacional de bônus, US$ 500 milhões de fornecedores de crédito multilaterais e 2 trilhões de pesos colombianos (US$ 1,06 bilhão) em emissões de bônus locais para substituir cerca de 4,5 trilhões de pesos que seriam levantados com privatizações. As informações são da Dow Jones.