SÃO PAULO - O dólar abriu em queda de 0,39% nesta sexta-feira, influenciado perdas da moeda norte-americana em relação ao iene e algumas divisas emergentes. Ao longo da manhã, o movimento ganhou força após o relatório de emprego dos Estados Unidos e de leilões do Banco Central no Brasil.
O relatório sobre o mercado de trabalho norte-americano não apresentou um fator significativo que possa levar o Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) a antecipar a primeira elevação das taxas de juros. Como resultado, o dólar perdeu força significativa diante das moedas de mercados emergentes.
O cenário, segundo analistas, fornece às divisas emergentes mais espaço para continuar a recuperação vista desde a grande onda de vendas ocorrida em janeiro. Isso porque o avanço mais lento da economia dos EUA sinaliza que os juros nos mercados emergentes ainda estarão suficientemente atrativos para os investidores.
No fim da manhã, às 11h35, a cotação atingiu a mínima do dia, em queda de 2,06%, a R$ 2,2360. Essa foi a menor cotação registrada em pregão (intraday) desde 31 de outubro do ano passado. Às 13h29, o dólar estava em queda de 1,71%, cotado a R$ 2,2440.
O relatório de emprego de março dos Estados Unidos mostrou a criação de 192 mil vagas, abaixo das 200 mil esperadas, e taxa de desemprego de 6,7%, também maior do que os 6,6% esperados. De outro lado, a criação de vagas em fevereiro foi revisada para cima em 22 mil postos, a 197 mil, de 175 mil anteriormente.
Por aqui, o leilão de swap tradicional de US$ 200 milhões realizado nesta manhã pelo Banco Central e a perspectiva do início da rolagem de swap de maio também fazem preço no câmbio.
(Com informações da Dow Jones Newswires)
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