O dólar comercial abriu hoje em baixa de 0,19%, a R$ 1,552, no mercado interbancário de câmbio. Às 10h10, a moeda norte-americana cedia 0,26%, a R$ 1,551, nas primeiras transações desta segunda-feira. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar negociado à vista estava em queda de 0,26%, a R$ 1,5506 . O euro comercial, em queda de 0,18%, valia R$ 2,229. O mercado cambial doméstico continua respondendo à evolução das discussões sobre a dívida norte-americana, mas tem espaço para testar novas mínimas frente ao real. Enquanto o dólar deveria sofrer com uma eventual perspectiva de rebaixamento do rating (classificação de risco) dos EUA, diante do impasse sobre o teto do endividamento do país, o ambiente de aversão ao risco traz um natural suporte à moeda que ainda serve de principal veículo de reserva do mundo. No âmbito doméstico, segundo uma fonte, o câmbio repercute ainda comentários da presidente Dilma Rousseff de que os problemas de sobrevalorização do real preocupam. Mas a presidente avaliou que não pode tomar nenhuma medida precipitada sem olhar com cuidado o cenário internacional. Na sexta-feira, o dólar tocou a mínima de R$ 1,551 (baixa de 0,26%), mas fechou estável a R$ 1,555. De acordo com reportagens publicadas na última sexta-feira pela Agência Estado, os problemas de sobrevalorização do real preocupam a presidente Dilma Rousseff, mas ela avalia que não pode tomar nenhuma medida precipitada sem olhar com cuidado o cenário internacional. "Você acha que a gente pode fazer alguma coisa no momento em que não sabe se o pessoal está brincando na beira do abismo ou se já conseguiu criar uma rede de proteção?", perguntou, em alusão à crise na Europa e nos EUA. "Nós nem sabemos se vai ter default (moratória) nos Estados Unidos."Em relação à dívida dos EUA, não faltou negociação entre os democratas e republicanos no fim de semana, mas nenhum acordo emergiu sobre a elevação do teto do endividamento. Com o impasse se mantendo mesmo com a aproximação do limite de 2 de agosto, o dólar foi negociado nas mínimas de quatro meses ante o iene, a 78,04 ienes, e atingiu mínimas recordes frente ao franco suíço. O dólar foi a 0,8021 franco suíço, na medida em que os investidores afastam-se do dólar em favor de estratégias de baixo risco, o que também limitou a demanda por moedas relacionadas a países exportadores de commodities na Ásia e Oceania.
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