O desempenho das bolsas da Europa, do euro e das commodities se deteriorou após relatos da imprensa sugerindo que as autoridades da China não vão recorrer a um amplo plano para estimular a economia.Embora algumas bolsas europeias, o cobre e o petróleo ainda registrem ganhos pequenos, eles estão bem abaixo das mínimas da sessão, pressionados pelos contínuos temores com o setor bancário da Espanha e após a agência de notícias estatal chinesa Xinhua minimizar as expectativas com a resposta do governo à desaceleração da economia do país.Segundo a Xinhua, o governo não tem como objetivo fornecer incentivos para obter um crescimento econômico forte, pois as autoridades não querem repetir o tipo de programa anterior para evitar investimentos ineficientes e potenciais bolhas de ativos e manter a inflação controlada. A agência destacou que as medidas anunciadas recentemente são diferentes do grande pacote de estímulos focado em projetos de infraestrutura e investimentos implementado no fim de 2008 e início de 2009.Por volta das 9h30 (horário de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,26%, Paris avançava 0,62% e Frankfurt tinha alta de 0,79%. Já Milão recuava 0,27%, Madri perdia 2,54% e Lisboa registrava retração de 1,29%. O euro caía para US$ 1,2532, de US$ 1,2542. O petróleo WTI para julho ganhava 0,34%, a US$ 91,17 o barril na New York Mercantile Exchange (Nymex). E o cobre para julho tinha valorização de 0,84%, a US$ 3,4770 a libra-peso na Comex. Enquanto isso, o juro do bônus da Alemanha de 10 anos caía para a mínima recorde de 1,346%.O sentimento dos investidores também foi prejudicado por um comentário do membro do conselho diretivo do Banco Central Europeu (BCE) Ewald Nowotny, que afirmou que não existem conversas na instituição para reativar o programa de compras de bônus soberanos da zona do euro nos mercados secundários ou fornecer mais empréstimos de longo prazo para os bancos do bloco.Nesta terça-feira mais cedo, os principais mercados financeiros internacionais operavam com ganhos significativos, após uma matéria da Shanghai Securities News afirmar que o governo chinês iria implementar medidas para incentivar a demanda por automóveis. Outro fator positivo foi um leilão de 8,5 bilhões de euros em títulos de seis meses realizado pela Itália. O juro médio pago subiu, mas o país conseguiu vender toda a quantia prevista. As informações são da Dow Jones.