Os preços dos contratos futuros dos metais básicos fecharam em queda, em sua maioria, pressionados pela fraca demanda por esses produtos diante do feriado do Ano Novo Lunar na China. O cobre fechou em direções divergentes, mas renovou suas máximas históricas tanto no mercado londrino quanto em Nova York.
Na rodada livre de negócios (kerb) da tarde da London Metal Exchange (LME) o contrato do cobre para três meses fechou em queda de US$ 15,00 ou 0,15%, a US$ 9.930,00 por tonelada. O contrato, no entanto, atingiu uma nova máxima histórica ao longo da sessão, de US$ 10 mil por tonelada.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do cobre para março subiu US$ 0,0005, ou 0,01%, para US$ 4,5445 por libra-peso. Ao longo da sessão, no entanto, o contrato renovou seu recorde intraday, atingindo a máxima de US$ 4,5800 por libra-peso.
"Não há nada grande empurrando o cobre para baixo, é simplesmente uma questão de a demanda não ser forte o suficiente para mantê-lo em níveis tão elevados", disse um operador. Outro operador afirmou que embora a China deva voltar a comprar no mercado físico após as comemorações do Ano Novo, os preços elevados do cobre podem impedir valorizações mais significativas.
Entre outros metais básicos negociados na LME, o contrato do chumbo para três meses fechou em baixa de US$ 10,50, a US$ 2.554,00 por tonelada, enquanto o contrato do zinco recuou US$ 3,00, para US$ 2.472,00 por tonelada. O contrato do alumínio subiu US$ 4,00, para US$ 2.528,00 por tonelada. O contrato do níquel teve perda de US$ 70,00 e encerrou o dia a US$ 27.925,00 por tonelada. O contrato do estanho fechou em baixa de US$ 60,00 a US$ 30.540,00 por tonelada.
No segmento dos metais preciosos, o contrato do ouro para fevereiro fechou em alta de US$ 20,80, ou 1,56%, a US$ 1.352,30 por onça-troy - o maior nível desde 19 de janeiro -, após o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, afirmar que a instituição vai manter suas políticas monetárias acomodatícias apesar dos sinais de melhora na economia dos EUA.
"Isso significa que eles vão continuar a imprimir dinheiro", disse Michael Gross, operador e analista de futuros da OptionSellers.com. Segundo ele, o fato de Bernanke ter afastado "qualquer dúvida em relação a mudanças nas políticas atraiu compras para o mercado do ouro".
A declaração da autoridade teve esse efeito porque fez ressurgir os temores de fortalecimento da inflação nos EUA. Essa perspectiva favoreceu o ouro porque o metal é considerado um ativo que preserva valor durante períodos de alta generalizada nos preços. As informações são da Dow Jones.