Os preços do cobre subiram e fecharam num nível recorde em Nova York, impulsionados por dados da Alemanha que fortaleceram a perspectiva de demanda por metais básicos, ofuscando a pressão negativa da apreciação do dólar - que torna as commodities denominadas na moeda norte-americana mais cara para os detentores de outras divisas. Mais cedo, dados do governo da Alemanha mostraram que a produção industrial do país cresceu 2,9% em outubro ante setembro e 11,7% na comparação com ano passado. Economistas consultados pela Dow Jones esperavam uma expansão de apenas 0,8% na produção industrial alemã em base de comparação mensal. O indicador, segundo analistas, reforçou que a recuperação da economia alemã está em andamento e beneficiou os metais de forma geral, visto que grande parte deles possui aplicações industriais. Apesar disso, o aumento nos juros dos Treasuries ofereceu suporte ao dólar, fator que limitou a demanda por commodities denominadas na moeda norte-americana. Pouco depois do fechamento do mercado de metais básicos, o euro recuava para US$ 1,3243, de US$ 1,3263 na terça-feira, enquanto o dólar subia para 84,04 ienes, de 83,49 ienes ontem. Na rodada livre de negócios (kerb) da tarde da London Metal Exchange (LME), o contrato do cobre para três meses subiu US$ 134,00, ou 2,43%, para US$ 9.014,00 por tonelada. Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do cobre para março avançou US$ 0,0510, ou 1,26%, para US$ 4,1005 por libra-peso - novo recorde de fechamento -, com mínima de US$ 3,9780 e máxima de US$ 4,1185 ao longo da sessão. O recorde intraday para o contrato de maior liquidez do cobre na Nymex é de US$ 4,24 e foi atingido em 5 de maio de 2008. Entre outros metais básicos negociados na LME, o contrato do chumbo para três meses fechou em alta de US$ 5,00, a US$ 2.405,00 por tonelada, enquanto o contrato do zinco avançou US$ 6,50, para US$ 2.311,00 por tonelada. O contrato do alumínio subiu US$ 69,00, para US$ 2.373,00 por tonelada. O contrato do níquel recuou US$ 115,00 e encerrou o dia a US$ 23.975,00 por tonelada, enquanto o contrato do estanho fechou em alta de US$ 400,00, a US$ 25.600,00 por tonelada. No segmento dos metais preciosos, o contrato do ouro para fevereiro caiu US$ 25,80, ou 1,83%, para US$ 1.383,20 por onça-troy, pressionado pela realização de lucros e pela perspectiva de juros mais altos nos EUA no longo prazo caso os cortes de impostos que serão votados no Congresso do país sejam aprovados e estimulem efetivamente a economia. As informações são da Dow Jones.