A Federação Única dos Petroleiros (FUP) vai usar os próximos dois meses para tentar convencer o maior número de aposentados da Petrobras a se render ao plano de repactuação do Plano de Previdência da estatal, o plano Petros. A expectativa é elevar o número de integrantes do plano que aceitou a proposta na primeira votação, de 52%, para o mínimo necessário para a conclusão do processo: 66%. Na primeira votação, a exigência da Petrobras era de aprovação de 95%. Segundo o diretor do conselho administrativo da FUP, Paulo César Martins, até o fim do prazo de 28 de fevereiro para a aprovação da proposta da Petrobras, "é bem possível que muitos vejam a situação como ela é e optem pelo único caminho possível". O sindicalista argumenta que, se a proposta para equilibrar o plano de previdência não for aprovada, os contribuintes terão que cobrir o atual déficit de R$ 4,5 bilhões com um aumento superior a 60% do valor atual da cota paga hoje. Caso a proposta seja aprovada, a Petrobras fará um aporte nesta quantia, equilibrando as contas da Petros. A contrapartida deste aporte, parte que desagrada aos aposentados, é que o fator de correção dos benefícios dos inativos deixaria de ser o plano salarial da companhia e os reajustes passariam a ser atrelados a um indicador financeiro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
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