Petróleo sobe e opera acima de US$ 83 com dados da China

Investidores continuam atentos à reunião de política monetária do Federal Reserve, que começa amanhã

Os preços dos contratos futuros do petróleo operam em alta, acima de US$ 83 por barril, impulsionados por dados que mostraram uma aceleração na atividade industrial da China e elevaram as expectativas de aumento na demanda pela commodity no país, que é o segundo maior consumidor de petróleo do mundo. Os operadores, no entanto, continuam concentrados na reunião de política monetária do Federal Reserve, que começa amanhã. A expectativa é de que as autoridades anunciem um plano de estímulo que poderia elevar a oferta monetária e potencialmente enfraquecer o dólar, contribuindo para um aumento nos preços dos contratos futuros de petróleo. A decisão de política monetária do Fed será divulgada na quarta-feira. Às 12h58 (de Brasília), o contrato de petróleo para dezembro negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex) subia US$ 1,98, ou 2,43%, para US$ 83,41 por barril, com máxima intraday de US$ 83,86. Na plataforma ICE, o contrato do petróleo tipo Brent para dezembro ganhava US$ 1,80, ou 2,16%, para US$ 84,95 por barril. O índice de atividade industrial da China medido pela Federação de Logística e Compra do país (CFLP, na sigla em inglês) subiu para 54,7 em outubro, de 53,8 em setembro. Um indicador similar, medido pelo HSBC, avançou para 54,8 em outubro, de 52,9 no mês anterior. Nos dois casos, uma leitura superior a 50 indica expansão da atividade industrial."Os dados da China foram construtivos para o mercado", disse Andy Lebow, analista de petróleo da MF Global. Os indicadores econômicos dos EUA apresentaram um quadro misto. Mais cedo, o Departamento do Comércio do país anunciou que os gastos dos consumidores norte-americanos aumentaram 0,2% em setembro, após crescerem 0,5% no mês anterior. A renda pessoal encolheu 0,1%, após um ganho de 0,4% em agosto. Economistas consultados pela Dow Jones esperavam uma alta de 0,4% dos gastos do consumidor e um avanço de 0,2% da renda pessoal. Já o índice de atividade industrial dos EUA medido pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM, em inglês) subiu para 56,9 em outubro, de 54,4 em setembro, superando a expectativa dos economistas ouvidos pela Dow Jones, de 54,3. Além disso, os gastos com construção subiram 0,5% em setembro ante agosto, ante expectativa de declínio de 0,8%. As informações são da Dow Jones.