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Mesada é boa ferramenta para estimular educação financeira dos filhos

Tenho um filho de sete anos. Os amigos dele já recebem mesada. Devo fazer o mesmo? Com quanto devo começar?

Por Fábio Gallo e seudinheiro.estado@grupoestado.com.br
Atualização:

Os pais sempre querem o melhor para os filhos. A educação é uma das bases do sucesso futuro de nossos filhos. O processo educativo não é algo que se restringe à escola. É essencial que a educação continue em casa. Um dos pontos mais importantes da educação de uma criança é mexer com dinheiro. Justamente a mesada é uma das maneiras de educar os nossos filhos. Eles devem aprender a viver com seus próprios recursos. Para decidir quanto dar de mesada é preciso levar em conta diversos fatores. O círculo de amizades de seus filhos é um deles. Ele não deve nem ser o milionário da turma nem o mendigo. Procure saber sobre os hábitos financeiros dos amigos do seu filho para que ele não se sinta deslocado no grupo. Todas as pessoas tendem a se agrupar com semelhantes. Outra recomendação de especialistas é que você não deve remunerar trabalhos domésticos do seu filho. Eles devem ser feitos como contribuição à vida familiar e com prazer. Também os filhos não devem ser premiados por bom desempenho na escola, eles devem entender que isso é uma obrigação e quando se destacam estão se preparando um futuro melhor. Isto não significa que você não vai elogiar o seu filho quando ele merecer, mas elogio é uma coisa, remuneração é outra.

 

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Quero aplicar em fundos de investimento. Qual o porcentual considerado razoável para a taxa de administração? As taxas de administração cobradas pelos fundos de investimento apresentam enorme variação. Há taxas menores que 0,5% e algumas que são até superiores a 5%. Infelizmente, as taxas menores são obtidas pelos investidores que têm volumes maiores aplicados. Assim, dependendo do volume de sua aplicação, taxas em torno de 1% a 1,5% são razoáveis em nosso mercado hoje em dia. Mas, com a perspectiva, a médio e longo prazo, de redução dos nossos juros, as taxas de administração devem sofrer queda. Veja o exemplo de 2009. Quando a Selic foi reduzida para menos de 9%, os fundos de renda fixa com taxas superiores a 1,5% apresentavam um rendimento líquido inferior à caderneta de poupança.Vendi uma propriedade rural herdada e não sei como investir meu dinheiro. Preciso de uma dica de como diversificar minhas aplicações. Também gostaria de ter indicações sobre cursos que posso fazer para aprender sobre o mercado econômico e finanças pessoais.Parabéns ao leitor que, como primeira conduta, pensa em diversificar os seus investimentos. Cada caso é um caso em termos de possibilidades de diversificação. Mas, em linhas gerais, procure inicialmente pensar em colocar uma parte em ativos ditos sem risco, como títulos do governo, algo como 20% a 25%. Em relação aos ativos de risco, há várias alternativas que vão de baixo a alto risco. Ativos de mais baixo risco são, por exemplo, os CDBs, fundos de renda fixa, fundos multimercado e debêntures. A escolha entre esses ativos depende do prazo. Nesta categoria pode ser aplicado entre 50% e 60%. Com maior grau de risco temos fundos de ações, aplicações diretas em ações, entre outras alternativas. Nesse quesito podem ser aplicados algo como 20% a 30% da carteira. Essas porcentagens podem ser alteradas conforme o apetite do investidor pelo risco. Mas o importante é sempre pensar na diversificação como uma máxima em finanças e seguir o velho conselho de que não se deve colocar todos os ovos na mesma cesta.

Com a alta dos juros, o Tesouro Direto está mais rentável. Mas as opções são muitas e as siglas são complicadas. Tenho 28 anos e quero fazer um investimento de longo prazo. Para começar, tenho R$ 6 mil. Qual é a melhor opção?Vou tentar simplificar um pouco. Há dois tipos básicos: as Letras e as Notas do Tesouro Nacional. As letras são de prazo de vencimento mais curto. Hoje, os vencimentos dos títulos à venda vão até março de 2015. As notas são de prazo mais longo, vencimentos até 2045. Quanto à correção, esses títulos podem ser prefixados ou pós-fixados. Nos prefixados, o investidor sabe exatamente quanto receberá de juros. Exemplos são as LTN (Letras do Tesouro Nacional) e as NTN-F (Notas do Tesouro Nacional série F) - ambos mais indicados para os menos conservadores. Na categoria dos pós-fixados, temos as LFT (Letras Financeiras do Tesouro), que acompanham a evolução da taxa básica de juro Selic, e as NTN-B (Notas do Tesouro Nacional série B), que rendem juros mais a variação do IPCA. Esses são títulos indicados para os investidores mais conservadores. Como nosso leitor é novo e está disposto a investir no longo prazo, pode correr um pouco mais de risco e, assim, analisar para aplicar em NTN-F.FÁBIO GALLO É PROFESSOR DE FINANÇAS DA FGV E DA PUC-SP

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