De forma direta, uma pressão de alta nas taxas de juros pode afetar a oferta de crédito, inclusive do ponto de vista do custo dos empréstimos. É natural que em momentos de maior incerteza as lojas e financiadoras fiquem mais exigentes na concessão de crédito. E isso prejudica diretamente o consumidor. Já vimos este filme antes. Os juros sobem, e com eles o desemprego, especialmente se a economia se retrair. Sem emprego, ou com o orçamento familiar apertado - até porque não está fácil conseguir aumentos salariais na maioria dos setores da economia -, o devedor muitas vezes escolhe pagar suas contas do dia-a-dia e atrasar o carnê da prestação. E é deste problema que as empresas que oferecem crédito querem fugir num momento de juros mais altos. Evite o endividamento A recomendação para o consumidor continua sendo de evitar tomar dinheiro emprestado ou fazer financiamento de compra de bens. Os juros no crediário já estão bastante salgados. Nem é preciso que subam mais, acompanhando as taxas das aplicações financeiras, para se recomendar evitar o endividamento. Mas vale um alerta com certeza: financiamentos pós-fixados, indexados à TR ou índice de inflação, ou mesmo ao dólar, devem ser ainda mais evitados. Ao menos nos financiamentos prefixados, com prestações fixas, o consumidor tem uma idéia de quanto vai pagar, embora seja muito! E lembre-se que cheque especial e cartão de crédito, além de já estarem com juros absurdos, podem ter seu crédito encarecido ainda mais. Por isso, não role dívida nestas linhas. O Finanças Pessoais traz para você as informações sobre as taxas de juros praticadas no crediário, no cheque especial e nos cartões de crédito. Veja no link abaixo quais segmentos podem ajudar você a planejar melhor seu orçamento doméstico.