Monti e Rajoy descartam pedir ajuda a fundos de resgate

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Por AE

Os primeiros-ministros de Itália e Espanha elogiaram hoje a promessa feita pelo Banco Central Europeu (BCE) de adotar novas ações para combater a crise da dívida na zona do euro, mas ambos descartaram pedir ajuda dos fundos de resgate do bloco.Em uma entrevista coletiva após uma reunião em Madri, Mario Monti e Mariano Rajoy afirmaram que as ações prometidas pelo presidente do BCE, Mario Draghi, se somam às decisões combinadas pelos chefes de governo da União Europeia em junho. Os dois líderes também reiteraram o compromisso de reformular as finanças dos seus governos e adotar medidas para estimular o crescimento."Sacrifícios são necessários para sair da crise", comentou Rajou. Mas o premiê espanhol se recusou a dizer se o país vai pedir ajuda da Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês), o fundo de resgate temporário da zona do euro. Monti foi no mesmo sentido. Ele afirmou que a estabilização dos mercados financeiros depende da gestão da crise na zona do euro. "O dever de casa precisa ser feito domesticamente na Europa", comentou Monti, acrescentando, entretanto, que a resposta dos mercados está atrasada em relação aos esforços que estão sendo adotados pelos governos nacionais do bloco. Um dos exemplos citados por ele de esforços de reforma foram as mudanças no sistema trabalhista na Espanha.Em relação a um possível pedido da ajuda à EFSF ou ao Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em inglês), Monti disse que a Itália não precisa de um resgate e está decidida a não usar os recursos dos fundos europeus. "A EFSF poderia ser usada como um fundo de estabilização, e não como resgate", afirmou. Ele também disse que a intervenção da EFSF e do ESM nos mercados de bônus europeus ainda está sendo avaliada.O premiê italiano elogiou o comunicado divulgado hoje pelo BCE. Apesar do banco central não ter anunciado nenhuma nova medida concreta de combate à crise, Monti disse que os comentários feitos por Draghi são um avanço, não um retrocesso. "O BCE foi além do comunicado da cúpula da UE de 28 e 29 de junho", afirmou. Ele comentou ainda que espera que os projetos para uma união bancária na Europa avancem, com a divulgação em breve da proposta para uma regulamentação comum na região. As informações são da Dow Jones.

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