O economista-chefe e diretor de Assuntos Regulatórios da Stone, Vinícius Carrasco, afirmou nesta quarta-feira, 15, que a empresa não espera mudanças no parcelado sem juros do cartão de crédito. De acordo com ele, haveria uma enorme oposição da sociedade a restrições, e o Banco Central não precisa estabelecer limites a todo o mercado.
“Não acreditamos que haverá mudanças, porque qualquer mudança vai enfrentar forte oposição dos clientes, da sociedade e do Congresso”, afirmou ele durante o Stone Day, dia com investidores que a companhia promove nesta quarta.
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Carrasco disse que essa oposição seria motivada, em parte, pelo enorme impacto que mudanças no parcelado teriam sobre a atividade econômica. O BC propôs uma restrição do número máximo de parcelas sem juros no cartão a 12, enquanto a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) acredita que seria necessária uma restrição maior.
O tema tem sido discutido diante da busca de soluções que reduzam os juros do crédito rotativo, linha para clientes que deixam de pagar a fatura do cartão. Os bancos afirmam que o parcelado sem juros é subsidiado pelo rotativo, argumentação que é rejeitada por maquininhas independentes, como a Stone.
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Carrasco disse ainda que os bancos podem limitar parcelas por si. “Não há razões para acreditar que haverá mudanças, os bancos podem mudar eles mesmos a quantidade de parcelas, não há necessidade de uma mudança regulatória”, afirmou ele. O executivo acrescentou ainda que não há evidências de que o parcelado sem juros aumenta a inadimplência nos cartões.
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