Michelle Mack, 54, foi condenada a cinco anos de prisão por liderar um esquema de crime organizado no varejo que visava produtos de beleza das lojas Ulta e Sephora na Califórnia, Estados Unidos. Ela supostamente contratava várias mulheres para roubar produtos de beleza, que depois eram vendidos em sua loja na Amazon.
Embora os índices gerais de criminalidade estejam diminuindo para os níveis anteriores a 2019, um tipo de crime tem ido na direção oposta: furtos no varejo. Durante o primeiro semestre de 2024, os furtos cresceram 24% em relação ao mesmo período de 2023, segundo o Conselho de Justiça Criminal dos EUA.
Um caso extremo foi o esquema de furtos liderado por Michelle Mack, que organizou uma rede criminosa em 21 condados da Califórnia. Na última sexta-feira, Mack foi sentenciada a cinco anos e quatro meses de prisão por seu envolvimento em cerca de US$ 8 milhões em produtos de beleza roubados, de acordo com o Departamento de Justiça da Califórnia (DOJ, na sigla em inglês).

Mack e seu marido, Kenneth, supostamente recrutaram várias jovens para furtar produtos de maquiagem de alta demanda nas lojas Ulta e Sephora. Esses produtos eram então vendidos em sua loja na Amazon por uma fração do preço original. De acordo com o DOJ da Califórnia, os suspeitos de roubo foram capturados pelas câmeras de vigilância. Uma busca na casa “multimilionária” de Mack, em Bonsall, Califórnia, revelou grandes quantidades de produtos de maquiagem armazenados, organizados e prontos para envio.
“Além de colocar em risco a segurança dos funcionários e clientes, o crime organizado no varejo resulta na revenda de produtos potencialmente inseguros ou danificados para os consumidores, sob falsos pretextos”, afirmou Dan Petrousek, vice-presidente sênior de prevenção de perdas da Ulta Beauty, em um comunicado.
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“Caso audacioso de roubo organizado”
A investigação, conduzida pelo DOJ da Califórnia, Patrulha Rodoviária da Califórnia (CHP), Departamento de Segurança Interna (DHS) e Serviço de Inspeção Postal dos EUA (USPIS), foi anunciada pela primeira vez em fevereiro de 2024. O DHS e o USPIS não responderam ao pedido de comentário da Fortune sobre o caso.
“Nossas equipes demonstraram que o crime organizado no varejo na Califórnia não será tolerado e que aqueles que cometem esses crimes serão responsabilizados ao máximo pela lei”, afirmou Sean Duryee, comissário da Patrulha Rodoviária da Califórnia, à Fortune.
Mack foi acusada de roubo organizado no varejo, conspiração, receptação de bens roubados e múltiplas acusações de grande furto.
“O crime organizado no varejo tem implicações financeiras e de segurança significativas para empresas, varejistas e consumidores”, afirmou o procurador-geral da Califórnia, Rob Bonta, em comunicado. “Hoje, estamos enfrentando um caso audacioso de roubo organizado no varejo e deixando claro que esse tipo de atividade criminosa não será aceito na Califórnia.” O gabinete do procurador-geral se recusou a fornecer mais comentários à Fortune.
A equipe de Prevenção de Perdas e Crimes Organizados da Ulta e representantes da Sephora também ajudaram na investigação.
“Este caso demonstra que, por meio de parcerias estreitas entre varejistas, autoridades policiais e promotores, além de suporte legislativo, podemos causar um impacto significativo no combate ao crime organizado no varejo e responsabilizar os criminosos por perpetuar esse problema”, disse Petrousek em comunicado à Fortune.
A Sephora não respondeu ao pedido de comentário da Fortune.
Os furtos ocorreram em lojas da Ulta e Sephora nos condados de Alameda, Placer, Kern, Contra Costa, Orange, Los Angeles, Santa Clara, San Diego, Sacramento, San Mateo, Solano, Riverside, San Joaquin, Stanislaus, Napa, Marin, Tulare, San Bernardino, Sonoma, Ventura e Yolo, de acordo com o DOJ da Califórnia.
“Essa sentença é uma vitória para empresas, varejistas e consumidores na luta contra o crime organizado no varejo na Califórnia”, afirmou Bonta em comunicado. “A colaboração robusta entre autoridades policiais, promotores e varejistas serve como a base na batalha contra o crime organizado no varejo, que tem implicações financeiras e de segurança significativas.”
Mack também foi condenada a pagar US$ 3 milhões em restituições, e todos os bens do casal Mack — incluindo sua casa — foram confiscados. Os bens foram vendidos e os recursos serão usados para pagar as vítimas, de acordo com o DOJ.
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