O advogado Irving Picard, que está buscando indenizações para as vítimas do esquema de pirâmide multibilionário de Bernard Madoff, informou que pediu mais US$ 555 milhões do banco suíço UBS, o que eleva para US$ 2,5 bilhões as queixas totais contra o banco.
No processo aberto no tribunal de falências de Nova York, Picard alegou que existem mais 26 casos de fraude financeira e má administração contra o banco. A nova ação judicial soma-se à de US$ 2 bilhões que já havia sido anunciada em novembro contra o UBS.
Em um comunicado, Picard afirmou que o UBS e entidades relacionadas "capitalizaram sobre o esquema de pirâmide diante de claras indicações de fraude". Segundo Picard, o UBS ajudou a sustentar o grande esquema de Madoff e obteve benefícios financeiros extraordinários com isso.
O UBS nega. "As acusações são completamente infundadas e sem mérito", afirmou o banco em um comunicado. "O UBS não estava ciente de qualquer má conduta por parte de Madoff. Nós vamos tomar as medidas apropriadas para demonstrar que as acusações são falsas e infundadas", acrescentou.
Picard já abriu mais de 100 processos contra clientes de Madoff e está tentando recuperar recursos obtidos por bancos como HSBC Holdings e JPMorgan Chase - que também negaram as acusações. O advogado tem até o dia 11 de dezembro para abrir processos em busca de indenizações no caso Madoff.
Até agora, já foram recuperados cerca de US$ 2 bilhões para vítimas da fraude. No começo desta semana, Picard afirmou que chegou a um acordo de US$ 500 milhões com o banco suíço Union Bancaire Privée.
Madoff confessou em março de 2009 ter administrado um esquema de pirâmide multibilionário no qual investidores perderam cerca de US$ 65 bilhões e cumpre pena de 150 anos pelo crime. As informações são da Dow Jones.