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AT&T compra Time Warner por mais de US$ 80 bilhões, dizem fontes

O negócio criará a maior companhia do setor de telecomunicações do país em valor de mercado

A AT&T, gigante de telefonia dos Estados Unidos, fechou um acordo para comprar a Time Warner por mais de US$ 80 bilhões, segundo fonte familiarizada ao assunto. O negócio criará a maior companhia do setor de telecomunicações do país em valor de mercado.

Para a AT&T, o acordo ajudará a empresa a encontrar novas áreas de crescimento Foto: Foto: Paul J. Richards/AFP

A AT&T teria aceitado pagar entre US$ 105 e US$ 110 por ação e metade do acerto seria feito em dinheiro e a outra metade em ações. Trata-se da maior fusão do mundo neste ano, que dá à empresa de telecomunicações o controle de canais de TV a cabo HBO e CNN, além do estúdio de cinema Warner Bros e outros cobiçados ativos de mídia. Para a Time Warner, o acordo representa a vitória do chefe executivo, Jeff Bewkes, que havia sido pressionado por investidores a rejeitar uma oferta de aquisição da 21st Century Fox, por US$ 85 por ação há dois anos. Já para a AT&T, o acordo ajudará a empresa a encontrar novas áreas de crescimento. Encarando o mesmo problema de saturação no mercado de telefonia móvel, as duas maiores companhias de telecomunicações dos Estados Unidos fizeram apostas divergentes para o futuro. Enquanto a AT&T se voltou para a televisão, a sua rival Verizon Communications procurou o Vale do Silício, com sua compra da AOL, no ano passado, por US$ 4,4 bilhões - além de uma oferta de aquisição do Yahoo por US$ 4,8 bilhões. Ambas as operadoras estão tentando resolver a mesma questão - cada um com uma peça diferente da malfadada fusão AOL-Time Warner, de 2001. As companhias têm milhões de clientes que pagam taxas mensais para usar suas redes para o compartilhamento de fotos, acesso a vídeos e a redes sociais em seus celulares. Mas o negócio de telefonia móvel por si só tem mostrado dificuldade em impulsionar o crescimento agora que a maioria dos americanos tem um smartphone. Ao mesmo tempo, seus dois rivais menores estão se afastando de sua base de assinantes. "Elas precisam encontrar um caminho adiante para seus negócios principais que ofereça mais do que um declínio inexorável", disse Craig Moffett, um analista da MoffettNathanson. A internet, celulares e smartphones inflamaram um crescimento rápido, mas "pela primeira vez na memória, não há uma próxima 'grande coisa' no setor de telecomunicações". (Com informações da Dow Jones Newswires)

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