O banco central da China anunciou a adoção de uma nova medida para o total de oferta de crédito à economia para oferecer um cenário mais claro das condições financeiras do país, em substituição ao uso somente dos números sobre novos empréstimos concedidos em yuans.
Os números sobre os novos empréstimos concedidos em yuans pelas instituições financeiras estará dentro da nova medição, chamada de "financiamento social total", assim como outras fontes de financiamento concedidos para a economia real, informou o diretor do Departamento de Pesquisa e Estatística do Banco do Povo da China, Sheng Songcheng, em nota distribuída no site do banco central. A nova avaliação incluirá também empréstimos concedidos por companhias de truste, bônus de dívida emitidos por empresas, ações de companhias não financeiras, entre outras formas de tomada de recursos.
A mudança indica que o banco central não está satisfeito com a avaliação tradicional. No ano passado, o banco central não conseguiu manter o total de empréstimos concedidos pelos bancos dentro de sua meta oficial de 7,5 trilhões de yuans.
Analistas privados dizem que um grande montante dos empréstimos foi concedido no ano passado por meio das companhias de truste não regulamentadas. A Fitch Ratings estimou em dezembro que cerca de 3 trilhões de yuans de empréstimos não contabilizados ficaram de fora das contas oficiais do governo chinês, grande parte deles de companhias de truste.
Pelo novo cálculo, o total de oferta de financiamento em 2010 foi de 14,3 trilhões de yuans, incluindo 6,33 bilhões de yuans concedidos por instituições financeiras que não são bancos.
O banco central disse ainda que o cálculo envolverá no futuro outros instrumentos de financiamento como empresas de private-equity e fundos de hedge.
As informações são da Dow Jones.