A alta nos preços médios do etanol e da gasolina na segunda quadrissemana do mês (últimos 30 dias terminados em 15 de março) foi maior do que a observada no levantamento da primeira quadrissemana (30 dias terminados em 7 de março) na capital paulista. De acordo com pesquisa feita pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) por meio do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), o etanol subiu 6,70% na segunda leitura do mês ante avanço de 3,89% da primeira leitura. A gasolina, por sua vez, aumentou 0,58% ante variação positiva anterior de 0,22%.
De acordo com o coordenador do IPC, Antonio Evaldo Comune, a aceleração nos preços de ambos os combustíveis foi um dos fatores que evitaram que a inflação em São Paulo apresentasse uma desaceleração maior do que a observada entre a primeira e a segunda quadrissemana de março. No período, o índice da Fipe saiu de uma alta de 0,44% para uma variação positiva de 0,36%.
"Álcool e gasolina estão na lista dos itens que pressionaram mais o grupo Transportes e a inflação", disse à Agência Estado, referindo-se ao conjunto de preços que trouxe maior impacto de alta para o IPC.
O avanço do grupo Transportes passou de 0,89% para 1,07% e respondeu por 0,17 ponto porcentual (47,40%) de todo o índice da segunda quadrissemana. O conjunto de preços também contou com a contribuição do item metrô, cuja alta passou de 7,49% para 8,49% e foi a de maior pressão para a inflação paulistana no levantamento divulgado hoje pela Fipe.
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