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EUA anunciam novo plano para suspender perfuração no Golfo

Prorrogação da moratória representa um golpe para empresas que esperavam que pelo menos alguma atividade poderia ser retomada na região

Por Priscila Arone e da Agência Estado
Atualização:

O governo do presidente Barack Obama anunciou nesta segunda-feira, 12, uma nova moratória para a maior parte das perfurações de poços de petróleo em águas profundas no Golfo do México. Mais uma vez, Washington usa a abordagem que foi invalidada por tribunais federais e representa um golpe para empresas que esperavam que pelo menos alguma atividade poderia ser retomada no Golfo do México.

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O Departamento do Interior disse em comunicado que, embora a nova moratória seja semelhante à proibição inicial de perfurações de poços em águas profundas, a última decisão do governo reflete novas evidências no que diz respeito a preocupações com segurança, falhas nos equipamentos para o controle de vazamentos e a capacidade de responder a acidentes, como o que aconteceu com a British Petroleum (BP).

A nova proibição, que deve durar até 30 de novembro, também estabelece um processo pelo qual o Departamento do Interior vai reunir novas informações que possam "fornecer as bases para identificar as condições para a retomada de certas atividades de prospecção em águas profundas". Além disso, traz uma nova abordagem: em vez de simplesmente proibir a perfuração em águas com mais de 500 pés (152 metros), ela se aplica às configurações e tecnologias aplicadas no processo.

A indústria do petróleo afirmou que a nova proibição vai resultar na perda de empregos no setor.

"É desnecessário e imprudente interromper uma importante parte da geração de energia do país enquanto se trabalha para melhorar a segurança em alto mar", disse Jack Gerard, presidente do Instituto Americano de Petróleo, que representa as empresas de gás e petróleo, em comunicado. "A nova moratória ameaça se tornar um prejuízo enorme ao país e à região do Golfo. Ela coloca em risco os empregos de dezenas de milhares de trabalhadores e promete uma substancial redução da produção doméstica de energia. Nenhum caminho certo e diligente foi estabelecido para a retomada das perfurações."

A moratória inicial, que foi anunciada em 27 de maio, deveria durar seis meses para dar à comissão presidencial tempo para investigar as causas do vazamento de um poço da BP no Golfo do México. Mas um juiz federal derrubou a moratória no mês passado, dizendo que ela foi arbitrária e o Quinto Tribunal Federal de Apelação em Nova Orleans recusou-se a suspender a ordem de um tribunal inferior. O Quinto Tribunal Federal de Apelação deve ouvir o apelo do governo sobre a decisão do tribunal inferior até o fim de agosto. As informações são da Dow Jones.

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