FMI afirma que estratégia fiscal da Hungria é arriscada

Fundo pediu ao país que adie os cortes previstos para 2012 e 2013 que devem ser anunciados pelas autoridades locais

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Por Gustavo Nicoletta (Broadcast) e da Agência Estado
Atualização:

O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse nesta quinta-feira, 3, que a estratégia fiscal da Hungria é arriscada e pediu ao governo do país que adie os cortes de impostos previstos para 2012 e 2013, que devem ser anunciados ainda este mês pelas autoridades locais. "A estratégia do governo é arriscada porque depende de cortes de impostos para provocar uma forte resposta da atividade econômica, algo que pode não se materializar", afirmou o fundo.

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O FMI afirmou também que sua avaliação sobre o crescimento econômico e a perspectiva fiscal da Hungria "difere significativamente" das previsões do governo. O fundo estima que o Produto Interno Bruto (PIB) do país crescerá entre 2% e 2,5% no médio prazo, enquanto as autoridades húngaras projetam uma expansão de 5,5% para 2015.

Além disso, o fato de a Hungria depender de medidas temporárias para aumentar sua receita - como a transferência de ativos dos fundos de pensão privados para o setor público -, "implica um afrouxamento substancial da política fiscal" neste ano na comparação com o ano passado, acrescentou o FMI.

Segundo o relatório do órgão, o déficit fiscal da Hungria seria equivalente a 5% do PIB neste ano se os ativos de pensões privadas não fossem transferidos para fundos estatais.

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O partido Fidesz, que governa atualmente a Hungria, rompeu com o FMI em meados de 2010, pouco após ter vencido as eleições gerais. Desde então, o país vem obtendo financiamento por conta própria, embora tenha sido o primeiro país da União Europeia a solicitar auxílio do fundo por causa da crise econômica em 2008. As informações são da Dow Jones.

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