A Getnet, empresa de maquininhas de cartões, liberou R$ 114 bilhões em antecipação de valores recebíveis aos lojistas em 2021, expansão de 57% ante 2020. A expectativa da companhia é que este tipo de crédito continue avançando no mesmo ritmo, devido à necessidade de capital de giro da grande maioria de empresas brasileiras.
"Continuamos liderando antecipação de recebíveis e finalizamos piloto para crédito fumaça", disse o atual presidente da Getnet, Pedro Coutinho, que está deixando a empresa no final de março. Nesse tipo de crédito, o lojista utiliza recebíveis futuros como garantia. A expectativa é que a operação comece a ser oferecida no segundo trimestre deste ano. A Getnet detém 37% de fatia do mercado de antecipação de recebíveis.
Coutinho ressaltou que o crescimento dos volumes nas maquininhas da Getnet reflete o relacionamento da empresa com o Santander, em um esforço conjunto para fazer negócios, além de mais compras em datas comemorativas, como o Natal e a Black Friday. O executivo ressaltou que o comércio eletrônico tem avançado no Brasil e nos negócios da empresa, que tem aumentado o foco na área desde 2018. Entre as parcerias, ele citou acordos com o BTG Pactual, Sofisa e Banco Pine.
Preços mais altos
Com a alta da Selic, que tem impacto direto nas operações das credenciadoras, a Getnet precisou elevar os preços cobrados dos lojistas. Segundo a empresa, foi feita "uma precificação diferenciada para novos clientes e renegociamos os valores com clientes já existentes". A empresa encerrou 2021 com 1,27 milhão de clientes ativos.
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