SÃO PAULO - A GM anunciou nesta quinta-feira, 3, investimento de R$ 1,4 bilhão na fábrica da empresa em Gravataí, no Rio Grande do Sul. O aporte não tem a intenção de ampliar a capacidade instalada de produção da unidade, uma vez que a operação ainda conta com um alto nível de ociosidade. A ideia é investir em novas tecnologias de produção para carros que serão lançados a partir de 2020.
O montante anunciado faz parte de um plano de investimento da montadora iniciado em 2014 e que vai até 2019, no valor total de R$ 13 bilhões. A empresa nega que o aporte tenha sido motivado pela aprovação da reforma trabalhista, como sugeriu o Ministério do Trabalho, em nota enviada a jornalistas.
A nota do governo sustenta que o anúncio da montadora norte-americana é um dos primeiros resultados da reforma, em razão das perspectivas que o investimento traz de geração de emprego e crescimento econômico. A empresa, embora seja a favor da reforma, reforça que o aporte faz parte de um projeto que vem sendo discutido há vários meses, e que não está condicionado à nova legislação trabalhista.
A GM afirma que o investimento vai resultar em novos empregos para a fábrica de Gravataí, mas ainda não tem um estimativa de quantos postos de trabalho serão criados, o que vai depender da evolução no mercado de veículos no Brasil, que se recupera lentamente de quedas bruscas nas vendas em 2015 e 2016.
+Venda total de veículos novos cresce 1,9% em julho ante 2016
A empresa não revela quantos funcionários tem em sua unidade no Rio Grande do Sul, mas diz que, na soma de todas as fábricas que tem no País, são cerca de 16 mil trabalhadores. A fábrica da Gravataí tem capacidade instalada suficiente para produzir 335 mil veículos por ano.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.