O Iguatemi informou, nesta terça-feira, 11, que assinou contrato de compra e venda para aquisição da totalidade das quotas e ações de sociedades dos ativos imobiliários dos shoppings Pátio Higienópolis e Pátio Paulista, por R$ 2,585 bilhões. A transação já tinha sido anunciada pela empresa em dezembro.
Em documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa informou ainda que celebrou compromissos firmes de investimento com parceiros financeiros e coproprietários que somam R$ 1,478 bilhão.
Após o anúncio, as ações do Iguatemi chegaram a cair 3,13% no final da manhã desta terça, segunda maior queda do Ibovespa. Para o chefe de renda variável da Fami Capital, Gustavo Bertotti, a companhia está fazendo investimentos em um momento de instabilidade macroeconômica, com os juros em alta.

Além dos compromissos firmes, o Iguatemi recebeu manifestação de interesse de coproprietários em participar da operação com investimentos no valor de aproximadamente R$ 250 milhões, sendo que ainda mantém entendimentos com outros potenciais parceiros financeiros sobre suas respectivas participações na transação.
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“O investimento dos parceiros financeiros e coproprietários se dará, inicialmente, mediante a subscrição e integralização de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) que serão emitidos com lastro em instrumento de dívida da Iguatemi PPPH, cujos recursos serão destinados à aquisição das Participações Societárias objeto da Operação”, afirma.
Segundo a empresa, após o fechamento da operação será implementada reorganização societária, que permitirá aos parceiros financeiros e coproprietários deterem, conforme o caso, direta ou indiretamente, participações no Shopping Pátio Higienópolis e/ou no Shopping Pátio Paulista, sendo que a Iguatemi e a Iguatemi PPPH serão, em conjunto, detentoras de cerca de 30% do Shopping Pátio Higienópolis e a Iguatemi PPPH será detentora de cerca de 11% do Shopping Pátio Paulista, em contrapartida a um investimento total na Operação de aproximadamente R$ 700 milhões, sendo R$ 490 milhões desembolsados à vista na data do fechamento, e o saldo desembolsado nos próximos 24, corrigido pela variação do CDI.
A companhia projeta que, ao final do exercício de 2025, o índice Dívida Líquida/Ebitda represente um indicador inferior a 2 vezes.
A empresa lembra que a operação foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), sendo que o Contrato de Compra e Venda ainda está condicionado a condições precedentes usuais em transações dessa natureza./Com Vinícius Novais