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Investir no exterior não é mais só para rico, mas exige conhecimento e cuidado: entenda os riscos

Bancos tradicionais, como Itaú e Bradesco, estão abrindo a possibilidade de o cliente comprar, via corretoras, ações de gigantes americanas em apenas um clique; mas vale sempre lembrar das características da renda variável

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Por Fernanda Guimarães

Até pouco tempo atrás, investir no exterior era sinônimo de privilégio para os muito endinheirados. No entanto, uma mudança nas regras no Brasil abriu a possibilidade para o pequeno investidor se aventurar em ações de empresas estrangeiras. Afinal, quem não quer ter a chance de pelo menos tentar investir em gigantes como Meta (dona do Facebook), Amazon e Apple.

Veja como se preparar para começar a dar os primeiros passos como investidor internacional, mesmo que você não tenha tanto dinheiro.

Como investir

Quem não é milionário também pode investir no exterior. Para isso, é preciso abrir uma conta em uma corretora (hoje, a maioria dos grandes bancos tem uma opção, como é o caso da Ágora, do Bradesco). Com o movimento das instituições financeiras em prover acesso direto a esses investimentos, a compra de uma ação de uma empresa americana listada, na Nyse ou Nasdaq, pode estar a uma distância de um clique, no aplicativo no celular.

Hoje comprar ações diretamente das bolsas de Nova York ficou fácil ao pequeno investidor Foto: Don Emmert / AFP

Investimento rápido

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Hoje, os pequenos investidores podem ter acesso direto, dependendo da corretora ou banco onde tem uma conta aberta – antes, era necessário abrir uma conta no exterior. Mas, mesmo quem não quer comprar uma ação em dólar, tem uma opção pela Bolsa brasileira, a B3.

Nesse caso será feito via BDRs (Brazilian Depositary Receipts), que representam ações listadas nas Bolsas estrangeiras. A compra, nesse caso, é em real. Mas é preciso lembrar que, nesse caso, as opções são mais limitadas, já que nem todas as empresas de Nova York, por exemplo, têm recibos disponíveis na B3.

Fundos de índices

Além dos BDRs, é possível investir nos ETFs, que são fundos de índices – eles replicam o desempenho de várias Bolsas mundo afora. Há fundos, por exemplo, que replicam o índice S&P 500, que reúne as maiores empresas dos EUA. Vale sempre estudar o índice antes de fazer a primeira aplicação.

E o câmbio, como fica?

As ações são negociadas em dólar, por isso, as variações do câmbio impactam na rentabilidade do investimento. Mesmo no caso das BDRs há um efeito, já que originalmente as ações são negociadas em suas bolsas de origem na moeda norte-americana.

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No caso dos fundos de índice, existem algumas opções com o “hedge” de câmbio: ou seja, o cliente ganha a variação do indicador, independentemente do comportamento do real frente ao dólar.

Essa é uma questão para se ficar atento, já que o desempenho do investimento pode ter, no caso do investimento direto em ações, duas variáveis: o câmbio e o comportamento do papel em si.

A partir de quanto eu posso investir?

Esse tipo de limitação é coisa do passado. Hoje não há limite mínimo para se investir fora do Brasil, e o pequeno investidor já tem acesso às opções de investimento que antes eram apenas disponíveis à alta renda. O que o investidor precisa ficar atento é que o preço da ação é em dólar e na conversão em real, o preço acompanha.

O investimento é arriscado?

Sim, especialmente em momentos em que o juro está mais alto e a renda fixa garante um rendimento maior. Nunca é demais lembrar que, no caso de um investimento em Bolsa, o cliente está sujeito não só a ter um rendimento baixo, mas também a perder parte do capital investido. Por isso, especialistas recomendam que a renda variável deve se restringir a um porcentual relativamente baixo do total dos investimentos.

Será que é para mim?

Depende. Os principais apps de bancos têm testes de perfil do investidor. Se você é ultraconservador e não aceita de jeito nenhum a possibilidade de perder parte do capital, talvez a renda variável não seja para você.

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