O presidente da Vivo, Antônio Carlos Valente, disse nesta terça-feira que o plano de investimentos para a companhia entre 2011 e 2014, anunciado no ano passado, está mantido em R$ 24,3 bilhões. A companhia pagou R$ 1,05 bilhão pelo segundo lote de 4G leiloado nesta terça-feira pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), com ágio de 66,61%."Quando fizemos a visita à presidente Dilma Rousseff e anunciamos o plano de R$ 24,3 bilhões, já estavam incluídos esses valores", afirmou, referindo-se ao valor pago no leilão desta terça-feira. "Não vamos fazer nenhuma revisão."Valente afirmou que a companhia trabalhou meses no projeto e atingiu seu objetivo, que era vencer uma faixa de 20 MHz + 20 MHz para manter a liderança no mercado de dados. Segundo ele, mesmo no caso da internet móvel rural o grupo atingiu o objetivo, ao ficar com a obrigatoriedade do serviço para São Paulo (exceto DDD 11 e 12), Minas Gerais, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí."Estamos absolutamente satisfeitos. Era a cobertura combinada mais atrativa para a companhia. São Paulo é a nossa casa, Minas é um mercado importante e o Nordeste é um dos mercados que mais crescem". Segundo ele, ainda não foi decidido que tipo de rede o grupo vai utilizar para atender esses mercados.O cumprimento do cronograma de implantação de rede será "desafiador", disse Valente. A companhia terá até abril de 2013 para oferecer a cobertura 4G para as cidades que vão receber a Copa das Confederações.A estimativa inicial de Valente é de que a Vivo terá de dobrar o número de antenas que possui atualmente no País, que somam 13 mil. Segundo ele, a frequência de 2,5 gigahertz exige uma grande quantidade de torres, e esse é um problema para todas as empresas da área. "Não é um problema exclusivo de uma cidade ou operadora", afirmou."Há uma possibilidade conceitual de dividirmos estruturas, mas ainda não conversamos com os competidores. Caso exista compartilhamento, já teremos dado um passo muito grande", afirmou.O presidente da Vivo cobrou ainda colaboração dos municípios, que têm imposto leis que limitam a possibilidade de construção de torres. "Temos tido muita dificuldade para licitar novas torres. Precisamos claramente passar à sociedade que o serviço não existe sem novas torres. Não dá para expandir tráfego e explorar novas frequências sem novas antenas."
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