Obama rebate críticas sobre impostos

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Um dia depois de concluir um acordo com a oposição republicana para dar impulso à economia americana, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tentou diminuir a resistência da ala mais à esquerda do próprio partido, o democrata, que ameaçava ontem votar contra o pacote. Para a imprensa, Obama alegou ter aceitado a prorrogação do corte de tributos aos contribuintes mais ricos temporariamente, por dois anos, para impedir o bloqueio republicano a medidas caras a seu governo. Entre elas, a prorrogação do seguro-desemprego, que expira no fim deste mês. "Esta é uma circunstância única. Esta é uma situação na qual dezenas de milhões de pessoas seriam direta e profundamente prejudicadas", afirmou Obama. "Nós temos uma estrela guia. Não acho que nem sequer um democrata pode dizer que estou seguindo fora do curso. A distância a percorrer é longa."Considerado essencial pela Casa Branca para impulsionar a economia e reduzir a taxa de desemprego, hoje em 9,8%, o pacote deverá ser votado pelo Congresso até o próximo dia 17. Principal aliada do presidente americano para a aprovação das reformas financeira e dos planos de saúde, a presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, criticou a prorrogação do benefício fiscal aos mais ricos. O líder da maioria democrata na Câmara, deputado Steny Hoyer, afirmou "não haver consenso".Acordo. Anunciado na noite de segunda-feira pelo próprio Obama, claramente contrariado, o acordo mantém a principal demanda republicana - a redução do imposto de renda para os 3% mais ricos da população - e estende o benefício aos demais contribuintes por dois anos. Em contrapartida, a parcela patronal do imposto sobre Seguridade Social cairá de 6,4% para 4,2%, como estímulo à geração de empregos, e o seguro- desemprego será renovado por mais 13 meses.O pacote inclui ainda a ampliação do benefício do crédito tributário para as famílias de classe média cujos filhos estão na universidade e para as de baixa renda com crianças. Na área empresarial, será elevado o crédito tributário para investimentos e programas de pesquisa e desenvolvimento.

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