A publicitária Lilian Nahat pediu demissão há três anos para abrir um negócio próprio: uma loja de produtos veganos, que vende de pasta de dente à carne de soja para churrasco. O veganismo exclui todas as formas de exploração e crueldade com animais para alimentação, vestuário e outras finalidades.
Lilian, que inicialmente era vegetariana e depois se tornou vegana, percebeu uma lacuna no atendimento a esse consumidor. “Eu tinha muita dificuldade de encontrar diferentes tipos de produtos veganos em uma mesma loja”, explicou. Além disso, quando encontrava um item vegano num supermercado comum, tinha de gastar tempo lendo as especificações do rótulo escrito em letras miúdas.
Não há dados sobre quantos consumidores veganos existem no País, mas os brasileiros vegetarianos somam 16,5 milhões, aponta a diretora de Varejo e Shoppings do Ibope Inteligência, Márcia Sola. E os veganos são, neste caso, um nicho dentro de outro nicho de mercado.
O Empório Mais Verde tem mais de mil itens expostos em 25 metros quadrados. Lilian conta que escolhe pessoalmente os produtos, conferindo as indicações que constam nos rótulos e entrando em contato com os fornecedores.
Animada com o desempenho da loja, Lilian contou que o número de clientes cresceu 12% no ano passado, mesmo num ano de crise para o comércio. Lilian ainda não vende pela internet, mas já tem planos de abrir a segunda loja dentro de dois anos.
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