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País tem fila para vistos de trabalho

A instalação de novas empresas traz ao Brasil uma leva de executivos e profissionais de diversos países para acompanhar projetos e obras. No primeiro trimestre deste ano, o Ministério do Trabalho concedeu 13 mil vistos temporários a estrangeiros, 12,7% a mais ante igual período de 2010. Em todo o ano passado foram 56 mil vistos, 30,5% acima do ano anterior.Só por parte de coreanos há cerca de 900 pedidos de vistos aguardando aprovação. No ano passado, o número de autorizações concedidas a trabalhadores da Coreia aumentou 319% na comparação com 2009. Foram 898 vistos, ante 214 no ano anterior. É o maior crescimento registrado entre pedidos de estrangeiros originários de 31 países listados pelo Ministério.No primeiro trimestre foram concedidos 157 vistos de trabalho a coreanos. Desde o ano passado, 13 empresas de autopeças e de equipamentos de origem coreana anunciaram fábricas. Sete estarão ao redor da Hyundai, em Piracicaba (SP).A japonesa Toyota trará pelo menos dois fornecedores do Japão para se instalarem com mais dez autopeças que ficarão ao lado da fábrica em obras em Sorocaba (SP). A montadora já tem uma unidade de carros em Indaiatuba e uma de componentes em São Bernardo do Campo.A Fiat terá um polo de fornecedores ao lado da fábrica que vai construir em Pernambuco. O presidente do grupo, Cledorvino Belini, diz que vai promover uma "pernambucanização" em Suape, a exemplo da chamada "mineirização" de fornecedores em Betim (MG).Paulo Butori, presidente Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) é cauteloso. "Como os investimentos ainda estão no plano dos anúncios, não sabemos ao certo como procederão em relação à base de fornecedores. Precisamos aguardar um pouco mais".Butori teme que as empresas importem grande parte dos componentes para a produção local. O Sindipeças prevê déficit de US$ 4,5 bilhões na balança comercial do setor este ano, US$ 1 bilhão a mais que em 2010.

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