O peso argentino continua sobrevalorizado, mesmo após suas quedas recentes, mas um pacote de US$ 30 bilhões de ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) provavelmente seria grande o suficiente para estabilizar a moeda, na avaliação do Instituto Internacional de Finanças (IIF), formado pelos 500 maiores bancos do mundo. Ainda segundo a entidade sediada em Washington, a Argentina poderia ser apenas “a ponta do iceberg” na situação dos mercados emergentes, no cenário atual.
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O IIF diz que o peso continua sobrevalorizado, em termos efetivos. Para a entidade, caso as negociações com o FMI sejam rápidas e ocorra pouca fuga de capital, o montante citado pela imprensa local de US$ 30 bilhões deve ser suficiente para acalmar o cenário.
O IIF afirma que a causa da crise argentina é um mix de políticas que levou a uma forte alta no déficit em conta corrente. Mesmo com o recuo recente, a sobrevalorização do peso só foi cortada pela metade, na avaliação do instituto, o que exigiria um pacote maior das autoridades para estabilizá-lo nos níveis atuais.
Outra questão, para o IIF, é se a Argentina é um caso específico ou se é apenas “a ponta do iceberg”. O instituto lembra que desde o início do ano já temia que as elevações de juros pelo mundo expusessem vulnerabilidades dos emergentes. Ele afirma que as moedas de muitos emergentes enfraqueceram tanto quanto ou mais do que em 2013, quando houve uma alta nos retornos dos bônus dos Estados Unidos diante da notícia de que haveria uma redução gradual do montante que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) colocava na economia, o que causou uma reação de cautela global.
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