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Petrobras ainda não tem data para deixar a Bolívia

Segundo a estatal, ainda é difícil falar de valores indenizatórios porque o assunto está sendo discutido

Por Agencia Estado
Atualização:

A Petrobras ainda não tem uma data para deixar, definitivamente, a Bolívia. A afirmação foi feita nesta sexta-feira, em Aracaju, pelo presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, assegurando que as negociações continuam com o governo boliviano para que seja paga indenização. Segundo ele, ainda é difícil falar de valores indenizatórios porque o assunto está sendo discutido. "Mesmo que já tivéssemos um valor eu anunciaria", desconversou Gabrielli que, em Sergipe, inaugurou o gasoduto Atalaia-Itaporanga, de 29 quilômetros, que integram o Projeto Malhas Nordeste, com investimentos da ordem de US$ 465 milhões. Esquivando-se de comentar a respeito das negociações entre os governos brasileiro e boliviano para a saída da Petrobras, Gabrielli confirmou apenas que a partir de 1º de julho a empresa não vai mais atuar no atacado e varejo de combustíveis. Dos 400 postos de combustíveis existentes na Bolívia, 100 são da bandeira BR, e que serão fechados, pois a Petrobras não tem interesse mais em mantê-los. Hoje, a distribuição de combustíveis para os bolivianos é feito por sete empresas privadas. Crise na Bolívia Gabrielli comentou que a inauguração do gasoduto Atalaia-Itaporanga não tem relação direta com a crise na Bolívia, apesar de o governo está investindo bastante neste setor. É que, além do que foi inaugurado, o Projeto Malhas Nordeste - que integra o Malhas - conta com 2.500 quilômetros de dutos em operação, 1.500 quilômetros em implantação e 800 em estudo. Além do Atalaia, também esta concluído e entrará em operação o gasoduto Dow-Aratu-Camaçari, que entrará em operação ainda este mês. As obras do Carmopólis-Pilar e do Itaporanga-Carmopólis estão em fase final e devem ser concluídas em agosto do próximo ano. A construção do Catu-Carmopólis foi iniciada em abril passado e previsão é que esteja pronto em setembro do próximo ano.

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