Os investidores de recursos próprios e FGTS só vão conhecer o preço que vão pagar por ação ordinária da Petrobras na oferta feita pelo governo federal no dia 7 de agosto. Nessa data serão divulgadas as cotações de venda para os investidores de varejo pessoa física, entre os quais se incluem os optantes do FGTS e as pessoas físicas que investirem até R$ 100 mil por meio de fundo ou de compra direta do papel, e para os investidores institucionais, entre eles bancos, fundos de pensão etc. A única certeza que se tem é que os investidores de varejo vão pagar, no máximo, R$ 46,40 por ação. Essa é a cotação máxima de R$ 58,00 definida pelo governo menos o desconto de 20% que será dado a esses investidores. O preço poderá ser menor, mas isso somente ocorrerá se os investidores institucionais conseguirem um preço menor que o de R$ 58,00 por ação no leilão. Esses investidores institucionais vão fazer suas ofertas pelas ações até uma data-limite. Depois, o governo vai levantar todas as ofertas feitas e estabelecer para eles um preço com base numa média. Se esse preço for superior a R$ 58,00, os investidores de varejo pagarão os R$ 46,40; se for inferior a R$ 58,00, os investidores pagarão esse preço menos 20%. Profissionais do mercado dizem que o preço ofertado pelos investidores institucionais tende a ficar próximo daquele que estiver em vigor no mercado à vista, que atualmente está em torno de R$ 50,00 Se esse for o preço a ser pago pelos institucionais, os investidores de varejo pagariam esse preço menos 20%, o que dá R$ 40,00. É preciso ter bem claro que o governo está dando o desconto sobre o preço pelo qual ele fará a venda da oferta, e não sobre o preço em vigor no mercado à vista. Ocorre que para o investidor o que importa é o desconto obtido na compra sobre o preço no mercado á vista, porque no mesmo dia a cota do fundo passará a render pelo desempenho do papel nesse mercado. Ação ordinária da Petrobras fechou a semana em alta de 0,40% Na sexta-feira, a ação ordinária (ON) da Petrobras ficou cotada por R$ 50,00 e fechou com alta de 0,40% em relação ao fechamento da quinta-feira, de R$ 49,80. De acordo com o analista da corretora Coinvalores, Marco Aurélio Barbosa, a valorização do papel no ano é de 26,8%. No mês, a ação teve uma perda de 6%. Enquanto isso, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) acumula valorização de 1,33%, no ano, e 3,53%, no mês.
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