Em meio à ameaças de greve e com necessidade de reduzir custos, a Petrobras divulgou nesta quinta-feira uma proposta de reajuste salarial em acordo coletivo dos petroleiros. O reajuste proposto é inferior à inflação acumulada em 2015, que em agosto atingiu o patamar de 9,53% no acumulado em 12 meses. De acordo com a proposta, a categoria receberia reajuste de 5,73% no salário básico e igual porcentual na Remuneração Mínima por Nível e Regime (RMNR) - tabela que diferencia valores complementares de salários de acordo com as categorias funcionais.
No documento apresentado nesta quinta-feira aos sindicatos e trabalhadores, a companhia propõe também reajuste em outros benefícios da categoria, como vale-refeição, e de adicional de risco na assistência médica. Os reajustes também segue o porcentual proposto de 5,73%.
Outros benefícios, como auxílio-almoço, adicional de trabalho no Amazonas, gratificação de campo terrestre, foram mantidos nos valores atuais. Também não foram reajustados os valores referentes a benefícios educacionais.
Os porcentuais divulgados nesta quinta-feira completam a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) para os próximos dois anos, apresentada há uma semana e que propõe redução da jornada de trabalho e de salários em até 25%. O documento também prevê que o pagamento da hora extra vai ser feito com base em 80% do total pago no horário comercial.
A proposta incluiu ainda a criação de um banco de horas de treinamento, que passa a ser limitados a 10 horas diárias. Não serão considerados "serviço extraordinário", passíveis de compensação por folga ou crédito de horas, os cursos de profissionalização; pós-graduações; aulas de idioma; e qualificações que não sejam diretamente relacionadas à atividade dos empregados.