PUBLICIDADE

Publicidade

Petróleo recua, Bolsa sobe e risco bate recorde

Produto é determinante para o desempenho das economias mundiais e para o custo das empresas. No Brasil, taxa de risco bate nova mínima histórica

Por Agencia Estado
Atualização:

O mercado financeiro internacional puxa o otimismo dos investidores no Brasil nesta terça-feira. Acompanhando a alta das bolsas em Nova York, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera com alta de 1,64%. O Risco Brasil - taxa que mede a desconfiança do investidor estrangeiro na capacidade de pagamento da dívida do país - bateu em nova mínima histórica, em 166 pontos base. A perspectiva de que Irã e Reino Unido finalmente cheguem a um acordo sobre os 15 marinheiros britânicos que estão detidos no País do Oriente Médio faz o petróleo cair. O contrato de barril de petróleo com vencimento para maio recuava caía 2,53%, para US$ 64,27 na bolsa eletrônica de Nova York. A queda do petróleo está diretamente ligada com a alta das ações porque o produto é determinante para o desempenho das economias mundiais e para o custo das empresas. Por causa disso, o petróleo também influenciou o desempenho das ações européias, que fecharam em alta nesta terça-feira. O índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações das empresas européias, subiu 0,91%, para 1.534 pontos, após máxima de 1.536 pontos durante o dia. O pico registrado durante o dia foi o nível mais alto desde 27 de fevereiro, quando uma queda no mercado chinês de ações abalou os investidores ao redor do mundo. Em Londres, as ações subiram 0,8%. Em Frankfurt, a alta foi de 1,56%. Em Paris, o mercado de ações fechou em alta de 1,18% e, em Milão, 1,01%. Em Madri, a bolsa fechou com alta de 1,51% e, em Lisboa, 0,74%. Mercado interno O governo brasileiro aproveitou o bom momento para reabrir a emissão dos bônus global 2017 (títulos da dívida brasileira). A expectativa é que a diferença (em dólar) entre os juros dos papéis norte-americanos, considerados sem risco, e os prêmios destes papéis chegue a 1,23 ponto. A taxa de retorno ao investidor, no entanto, só será conhecida ao final da emissão, quando for divulgada a cotação de fechamento do título de dez anos dos EUA. Segundo fontes, o objetivo da emissão é aumentar o volume de negócios com os papéis. Atualmente, o total é de US$ 1,5 bilhão. Embora seja um total que o governo sempre mencionou como suficiente para dar liquidez ao papel no mercado internacional, a avaliação foi de que se fazia necessário aumentar esse volume disponível para os investidores. De acordo com informações, o momento favorável da economia, com o risco Brasil em mínimas históricas, ajudou na escolha do momento da reabertura da emissão. A fonte destacou ainda o fato de que o mercado internacional vive um período de intensa volatilidade, o que confirma a confiança do investidor na economia brasileira.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.