O petróleo sobe pela primeira vez em quatro dias, mas recua dos níveis máximos da manhã, mantendo um comportamento de extrema volatilidade. Os analistas atribuíam a alta desta quinta-feira à notícia de que os EUA estão enviando três bombardeiros B-1 para o Catar, como parte das suas manobras militares preparatórias para um ataque ao Iraque. "O mercado está muito nervoso e qualquer manchete sobre Iraque, Venezuela e Opep provocará uma grande reação", avaliou um operador. Na International Petroleum Exchange (IPE), em Londres, os contratos futuros do petróleo Brent para fevereiro estavam, por volta de 8h00, na mínima do dia, em US$ 29,00 por barril, mas ainda indicavam uma alta de US$ 0,21 (0,73%) sobre ontem. Evidenciando a volatilidade dos preços, esses contratos chegaram a US$ 29,27 mais cedo. No sistema eletrônico da New York Mercantile Exchange (Nymex), os contratos do petróleo cru para fevereiro eram negociados a US$ 30,84 por barril, com alta de US$ 0,28 (0,92%). Mais cedo, chegaram a US$ 31,05 por barril. Os bombardeiros B-1, que deixaram ontem o Estado da Dakota do Sul, foram usados no último ataque ao Iraque em 1998. Venezuela Na Venezuela, o Ministério do Planejamento afirmou ontem que a produção só voltará aos níveis registrados antes da greve em maio. A previsão contraria os prognósticos do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, de que a normalização ocorrerá até meados de fevereiro. A adesão dos bancários à greve venezuelana derrubou ontem o bolívar, a moeda venezuelana, para uma mínima histórica de 1,699,90 por dólar. Em relação ao encontro emergencial da Opep no próximo domingo, o presidente do cartel e ministro do Petróleo do Catar, Abdullah bin Hamad Al-Attiyah, disse que a pauta única da reunião será discutir medidas para estabilizar os preços e garantir uma oferta adequada de petróleo para as necessidades mundiais de consumo.