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Presidente da Varig explicará como empresa continuará voando

Sócio da consultoria Alvarez & Marçal, Marcelo Gomes, deixou escapar a afirmação durante entrevista coletiva

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Varig, Marcelo Bottini, explicará como a empresa aérea terá condições de continuar operando. Essa foi a informação que o sócio da consultoria Alvarez & Marçal, Marcelo Gomes, deixou escapar durante entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira, sobre a situação da companhia aérea. Gomes disse ainda que já está em contato com as empresas de leasing em Nova York. Existe a expectativa de que um novo investidor tenha feito uma proposta pela companhia aérea que contemple uma liberação de recursos imediata. O prazo para os Trabalhadores do Grupo Varig (TGV) depositarem o sinal de US$ 75 milhões se esgotou às 17 horas. O juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8a. Vara Empresarial do Rio, concederá entrevista coletiva ainda hoje. Ele deve cancelar o resultado do leilão e, com isso, abrir caminho para o surgimento de uma nova proposta. Gomes lembrou que qualquer oferta precisa contemplar uma liberação de recursos imediata, para que a Varig continue operando. Vale lembrar que nesta semana a VarigLog, ex-subsidiária da companhia, ofereceu US$ 500 milhões pela empresa. Ele destacou ainda que a falência da Varig ainda não é discutida. "Nenhum dos credores, até o momento, entrou com pedido." Alternativas possíveis Três alternativas são possíveis em caso de anulação do leilão: falência definitiva, um novo leilão ou a convocação de assembléia de credores para avaliar a oferta de US$ 500 milhões apresentada pela VarigLog à Justiça, na terça-feira. Representantes do TGV, que já admitiram não conseguir os recursos, levantaram ontem a possibilidade de, na última hora, pedir adiamento de prazo. Eles alegam ainda estar negociando a obtenção do dinheiro. Além disso, para a organização, o prazo vence às 18 horas, sete horas depois do horário estipulado pela Justiça. O depósito é vital para a Varig sensibilizar a Justiça americana a prorrogar uma liminar que protege a empresa contra o arresto de aviões. O juiz Robert Drain, da Corte de Falências de Nova York, estendeu a decisão até 21 de julho, condicionada à entrada de dinheiro hoje. "Acredito que uma empresa que fez proposta em leilão tenha noção de sua responsabilidade. Se isso não acontecer, irá me assustar muito", disse o reestruturador.

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