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Primeiro aeroporto privado está em Natal

Turistas que viajarem à capital do Rio Grande do Norte no ano que vem descerão num aeroporto novo

Por Marina Gazzoni
Atualização:

SÃO PAULO - Os turistas que viajarem a Natal no ano que vem descerão em um aeroporto novo. São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana da capital do Rio Grande do Norte, foi o primeiro aeroporto concedido à iniciativa privada pelo governo, em agosto de 2011. A previsão da concessionária Inframérica, vencedora do leilão, é de que o empreendimento seja inaugurado em abril de 2014, a tempo da Copa do Mundo.

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O aeroporto terá capacidade para receber 6,2 milhões de passageiros por ano em sua primeira fase e substituirá o atual aeroporto de Natal, que será desativado para voos comerciais. Segundo o presidente do conselho de administração da Inframérica, José Antunes Sobrinho, a estrutura atende à demanda até 2024. Em 2012, 2,66 milhões de pessoas embarcaram ou desembarcaram em Natal.

A intenção da Inframérica é transformar o aeroporto em um "hub" (centro de distribuição de voos) na Região Nordeste e aproveitar a proximidade com a Europa para fomentar o transporte de cargas. "O voo de Natal até Lisboa dura 6h15. É uma das distâncias mais curtas do Brasil para a Europa", disse Antunes. A empresa construirá um terminal de cargas, com capacidade para 10 mil toneladas por ano.

O sucesso do projeto, no entanto, não depende apenas da infraestrutura aeroportuária, mas também do interesse de companhias aéreas em voar na região. "Estamos trabalhando em várias frentes para desenvolver esse hub", explica o empresário. Uma delas é a negociação com o governo estadual para tentar reduzir a alíquota do ICMS para o querosene de aviação, atualmente em 17%. "O custo de abastecimento pesa na decisão das companhias aéreas sobre novos voos", explica.

Obras. O Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante ocupará uma área de 40 mil metros quadrados e receberá investimentos de R$ 410 milhões até a Copa. A Inframérica informa que 54% da construção já foi concluída. A maior preocupação é com as obras de acesso até o local, que estão atrasadas. Hoje, estradas de terra ligam a BR-406 e a BR-304 ao novo aeroporto.

Essa parte da obra é de responsabilidade do governo estadual, mas a Inframérica disse que está disposta a "ajudar" na construção, se for necessário. "Nosso grupo está comprometido com o sucesso do novo modelo de concessão. Não queremos que o primeiro aeroporto seja inaugurado com problemas", disse Antunes.

O consórcio Inframérica é formado pela brasileira Engevix e pela argentina Corporación América e também foi vencedor da concessão do aeroporto de Brasília, leiloado em fevereiro de 2012.

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Procurado, o governo do Rio Grande do Norte não retornou o pedido de entrevista até o fechamento desta edição.

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