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Opinião|Na web, informações sobre habilidades

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Atualização:
Vivian e Inoue foram premiados em 2013  Foto: Estadão

CLAUDIO MARQUES

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O CEO da WorldSkills São Paulo 2015, Frederico Lamego, afirma que uma das principais novidades desta edição é a Plataforma Digital, que ele define como um grande hub de conteúdo criado, especialmente, para levar o evento para além do Anhembi. "Pela plataforma , que pode ser acessada no endereço www.escolhafuturo.com.br, o internauta terá todos os detalhes da competição, acompanhará cada desafio, o desempenho dos competidores e terá informações sobre as habilidades necessárias a cada uma das ocupações, assim como principais empregadores e média salarial.".

Quem visitar o Anhembi, além de acompanhar pessoalmente a competição, também poderá participar das conferências, que terão participação das principais personalidades do mundo da educação profissional para discutir políticas, legados e inovações. "E, ainda, torneio de robótica entre jovens, área de encontros empresariais e feira dos países", diz Lamego.

Para reforçar a importância do evento, o diretor do Senai-SP, Walter Vicioni Gonçalves, diz que as ocupações profissionais são menos valorizadas do que, por exemplo na Europa. E fatos históricos podem contribuir para isso. O diretor lembraque um decreto de 1909 criando as escolas de artífices no Brasil, dizia que eram para as pessoas que estavam no ócio e no crime. "E a Constituição de 1934 falava que a formação profissional era destinada aos desvalidos da sorte", diz.

"Um torneio como este, em que os alunos estão concentrados, têm de vencer um tremendo desafio, dar conta de uma importante tarefa que envolve uma importante ocupação, acaba mostrando a importância de as pessoas poderem ter acesso a uma identidade profisisonal."

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'É a coisa mais importante que está no meu currículo', diz vencedor

"Cara, foi muito importante para mim, com certeza é a coisa mais importante no meu currículo." Assim, Ricardo Calvi Vivian define sua participação na edição 2013 do WorldSkills, que ocorre a cada dois anos.

Além de reforçar a importância da disputa para seu crescimento pessoal, Vivian diz que a participação também o ajudou a conseguir um emprego no exterior. "Depois que acabou a competição, em dezembro de 2013, eu fui para a Austrália fazer um intercâmbio. No meu primeiro mês lá eu consegui um emprego pleno na área (design gráfico) e o prêmio pesou muito a meu favor, porque é bem difícil conseguir um trabalho assim. Até porque eu estava viajando com visto de estudante, que limita o número de horas que se pode trabalhar ; neste caso é menor", conta.

Vivian entou num curso de pré-impressão, em 2010, em Porto Alegre. Durante o programa começou a aprender design gráfico, que foi a categoria na qual competiu. "Em 2011, na metade do meu curso, eu fiz as provas para a seleção (para a WorldSkills). Fui selecionado na escola e em 2012 eu comecei a treinar para a etapa estadual. Treinei uns cinco meses e passei na etapa estadual, depois treinei mais uns cinco, seis meses para a etapa nacional e consegui também passar, em novembro de 2012", conta.

Cada Estado tem um método de seleção próprio. Segundo Vivian, a partir do estadual, o nível nível técnico é mais alto, "já começava a ser difícil", diz.

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Em 2013, no WorldSkills Leipzig, ele enfrentou quatro dias de provas. No primeiro dia o tema foi identidade visual e ele teve de desenvolver uma marca de um museu de artes gráficas na Alemanha. "No segundo dia foi a prova editorial, eu tive de fazer capa, contracapa e algumas páginas para uma revista que tratava de assuntos socioeconômicos", conta. "No terceiro dia eu tive de desenvolver uma embalagem que acoplasse três pacotes diferentes de chás. E também tive de desenvolver a marca e os rótulos para as linhas de chás. E depois teve a última prova: tive de fazer um cartaz de apresentação, boné e camiseta para uma corrida, na África, cujos carros são movidos a energia solar", diz o medalha de ouro na competição.

Outro que recebeu ouro, em desenho mecânico em CAD, Inoue fez curso de mecância de precisão no Senai de Santo Amaro. "A WorldSkills foi a oportunidade de comparar o trabalho que desenvolvemos, se somos competitivos", diz.

"E o Brasil nessa modalidade é muito bem conceituado. Observar outros países se espelhando no Brasil, não é todo dia que se vê." Depois da competição, o jovem foi chamado pelo próprio Senai para trabalhar na instituição. Hoje, atua na unidade de São Caetano, onde desenvolve projetos e produtos atendendo empresas.

Opinião por Edilaine Felix
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