Aliados do site WikiLeaks, responsável pela divulgação de documentos sigilosos dos Estados Unidos, fizeram um ataque ao site da MasterCard, segundo reortagem publicada na versão online do jornal britânico "The Guardian". Por volta das 16h (de Brasília), a página da empresa de cartões na internet estava fora do ar.
Segundo o "Guardian", trata-se de um ataque coordenado por apoiadores do WikiLeaks, chamado por eles próprios de "Operation Payback", que pode ser traduzido como Operação Revanche ou Operação Troco, uma provocação a sites especializados em pagamento pela internet, que romperam relações com o WikiLeaks, dificultando a tarefa desta entidade de receber doações pela web.
Além da MasterCard, a PayPal, a Amazon, a Visa e o site suíço PostFinance decidiram interromper o serviço ao WikiLeaks, que precisou buscar outros meios de receber doações.
Em entrevista a Natalia Viana, do site Opera Mundi, o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, afirmou ontem (terça, 7), momentos antes de se entregar à polícia e ser preso, que essas empresas tomaram a decisão "por razões políticas".
Ainda no Opera Mundi, a jornalista Marina Terra reproduziu mensagens do grupo de hackers que atacou a MasterCard. Esse conteúdo havia sido divulgado pelo Twitter na manhã desta quarta-feira, no momento em que o site da MasterCard saiu do ar.
O grupo de hackers criou no Twitter a conta @Anon_Operation, por meio da qual divulga informações sobre os ataques contra empresas e instituições que estariam perseguindo Assange.
Segundo o Opera Mundi, o grupo de hackers, autodenominado "Anônimos", já atacaram o site do PostFinance e da PayPal.