Ritmo de alta de 1 ponto na Selic não é compromisso, diz diretor do Banco Central

Segundo Fabio Kanczuk, aumento na taxa básica de juros pode ter outro ritmo dependendo das condições 

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SÃO PAULO e BRASÍLIA - O diretor de Política Econômica do Banco Central, Fabio Kanczuk, afirmou que o ajuste de 1 ponto porcentual na Selic sinalizado pelo Banco Central para o ciclo de aperto monetário não é um compromisso e pode mudar dependendo das condições. “Se ritmo da inflação enlouquecer, posso achar que ritmo de 1 pp não será mais suficiente”, disse, em evento do HSBC nesta quarta-feira, 13.

Segundo ele, o Comitê de Política Monetária (Copom) “não é escravo” de projeções do mercado e que só aproveita informações. O diretor do BC argumentou ainda que as projeções de inflação nos horizontes mais longos, de três a quatro anos, estão ancoradas.

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Fabio Kanczuk. Foto: Gustavo Raniere/Ministério da Fazenda

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Sobre a discussão de usar política cambial para controlar a inflação, Kanczuk argumentou que o BC avalia que a taxa Selic tem um efeito maior sobre a dinâmica inflacionária no horizonte relevante. 

Kanczuk afirmou que se o BC entendesse que as intervenções cambiais são melhores para esse propósito, teria de abandonar o sistema de metas. “Não faremos isso. No curto prazo, o câmbio tem mais efeito, mas, no horizonte relevante, não”, disse, sobre os tempos diferentes de efeito do câmbio e da Selic sobre a inflação.

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