Um dia depois da confirmação do segundo foco de aftosa na Argentina, o ministro de Agricultura, Roberto Rodrigues, desembarca em Buenos Aires para discutir com seus colegas do Mercosul um mecanismo de ação conjunta com vistas a combater a doença de uma vez por todas. Além do Brasil e da Argentina, a reunião desta quinta-feira contará com a participação dos responsáveis pelas carteiras agropecuárias do Uruguai, Paraguai, Bolívia e Chile. Enquanto são discutidas medidas de erradicação da febre aftosa, a situação na Argentina parece seguir o mesmo passo que a registrada no Brasil. Na última quarta-feira, o Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa) confirmou o segundo foco de aftosa na zona de San Luis de Palmar, em Corrientes. Os sintomas da doença foram detectados em um animal de uma fazenda ao lado do estabelecimento onde foi registrado o primeiro foco, no início de fevereiro passado. O organismo explicou que, "como o novo caso apareceu dentro do perímetro do foco inicial, trata-se de uma unidade epidemiológica que envolve pequenas tropas de vários produtores". Embora apenas um animal estivesse infectado, todos foram sacrificados à tarde, segundo o Senasa. O organismo explicou ainda que "os exames do vírus que apareceu no primeiro foco permitem descartar a vacina como fator responsável da falta de imunidade dos animais que adoeçeram". De acordo com as análises, o vírus era do tipo O com um alto grau de homologia com os encontrados em Tarija (Bolívia), em 2000; em Pozo Hondo (Paraguai), em 2003, e em Mato Grosso do Sul (Brasil), no ano passado.