Sabesp espera que privatização ocorra em junho, diz presidente da companhia

Fatia pertencente ao governo do Estado é de 50,3% e deve ser reduzida para algo entre 18% e 30%; presidente da companhia, André Salcedo diz estar tranquilo em relação aos riscos de judicialização

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Foto do author Elisa Calmon

A expectativa da Sabesp é que a oferta para a privatização da empresa seja lançada em junho, podendo ser encerrada no mesmo mês. A previsão foi apresentada pelo presidente da companhia de saneamento, André Salcedo, durante teleconferência de resultados nesta sexta-feira, 10.

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O executivo apresentou a agenda do processo de desestatização. Para 20 de maio, está prevista a primeira reunião da Unidade Regional de Serviços de Abastecimento de Água Potável e Esgotamento Sanitário (URAE) 1. A pauta prevê a aprovação do novo modelo de concessão e o plano de saneamento, assim como a eleição do conselho e instância executiva.

Com essa agenda concluída, será celebrado o contrato com a URAE-1. Também está em andamento a negociação de waiver com debenturistas. Enquanto isso, está prevista para o dia 27 de maio uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para aprovar as novas regras de governança e estatuto que serão implementados após a privatização.

A oferta de privatização será no modelo subsequente de ações (follow-on) em dois blocos. O primeiro engloba 15% do total de papéis destinado a um investidor estratégico, com a competição pelo maior preço. Já o segundo bloco será oferecido para os demais investidores, pessoas físicas, jurídicas, e funcionários da Sabesp. O volume total de ambas as etapas também ainda está em definição.

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Governo deve manter algo entre 18% e30% das ações da Sabesp Foto: Nilton Fukuda / Estadão

O valor mínimo também não foi divulgado até o momento. A projeção do Governo do Estado de São Paulo é que o preço seja determinado em maio, assim como a participação final do Estado na companhia após a privatização. Atualmente, a fatia pública é de 50,3% e deve ser reduzida para algo entre 18% e 30%.

Salcedo reforçou que considera viável o cronograma de realização da oferta em junho. No entanto, disse que existe uma janela até o final de agosto para que seja realizada com base nos números do primeiro trimestre de 2024, divulgados na quinta. “Havendo necessidade de ajustar o cronograma, temos esse prazo de flexibilidade”, disse.

Em relação ao risco de judicialização, o executivo afirmou que o processo de desestatização está baseado em decisões bem fundamentadas, seguindo as regras do mercado de capitais e com cumprimento de todas as fases necessárias. “Estamos tranquilos que condução da privatização está sendo bem feita”, disse.

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