Segunda prévia do IGP-M aponta inflação de 0,24% em outubro

O índice acumula alta de 2,90% nos últimos 12 meses; preços da construção civil registram alta de 4,46% em 2006

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Por Agencia Estado
Atualização:

A segunda prévia do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) de outubro subiu 0,24% ante aumento de 0,21%, em igual prévia do mesmo indicador em setembro. O resultado foi divulgado nesta sexta-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pela Agência Estado, que esperavam uma taxa entre 0,15% a 0,33%, e acima da mediana das expectativas, que estavam em 0,23%. A FGV divulgou os resultados dos três indicadores que compõem a segunda prévia do IGP-M de outubro. O Índice de Preços no Atacado (IPA), que representa 60% do total do IGP-M, teve aumento de 0,32% na segunda prévia de outubro, ante alta de 0,27% na segunda prévia de setembro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem participação de 30% no total do IGP-M, apresentou alta de 0,07% depois da elevação de 0,13% na segunda prévia de setembro. Já o Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), que representa 10% do total do IGP-M, subiu 0,15% na segunda prévia de outubro, ante aumento de 0,07% em igual prévia em setembro. Até a segunda prévia de outubro, o IGP-M acumula elevações de 2,50% em 2006, e de 2,90% em 12 meses. O período de coleta de preços para cálculo da segunda prévia do IGP-M de outubro foi do dia 21 de setembro a 10 de outubro. Atacado Até a segunda prévia do IGP-M de outubro, o IPA acumula altas de 2,71% em 2006 e de 2,85% em 12 meses, segundo a FGV. De acordo com a Fundação, os preços dos produtos agrícolas no atacado acumulam altas de 2,76% em 2006 e de 4,09% em 12 meses. Os preços dos produtos industriais no atacado registram altas acumuladas de 2,70% em 2006 e de 2,46% em 12 meses, até a segunda prévia de outubro. No âmbito do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais acumulam aumentos de 1,31% em 2006 e de 2,51% em 12 meses. Por sua vez, os preços dos bens intermediários registram elevações de 2,99% em 2006 e de 2,17% em 12 meses. Já os preços das matérias-primas brutas acumulam aumentos de 4,05% em 2006 e de 4,64% em 12 meses até a segunda prévia de outubro. Segundo a FGV, na segunda prévia de outubro, as altas de preço mais expressivas no atacado foram registradas em soja em grão, alta de 4,22%; bovinos, aumento de 4,46%; e milho em grão, crescimento de 3,90%. Já as quedas de preços mais significativas no atacado foram registradas em óleos combustíveis, queda de 8,50%; querosene para motores, baixa de 7,67%; e álcool etílico hidratado, que teve redução de 2,29%. Varejo De acordo com a taxa divulgada pela FGV, o IPC acumula elevações de 1,19% em 2006 e de 2,18% em 12 meses até a segunda prévia do IGP-M de outubro, no varejo. Para a Fundação, a desaceleração na taxa do IPC, na passagem da segunda prévia do IGP-M de setembro para igual prévia do mesmo indicador em outubro, queda de 0,13% para 0,07% foi influenciada por deflações e elevações de preços menos intensas nos grupos Alimentação, baixa de 0,23% para -0,36%; Habitação, queda de 0,26% para 0,18%; e Transportes, redução de -0,07% para -0,35%. Os outros quatro grupos que formam o indicador registraram aceleração ou queda mais fraca de preços, no mesmo período. É o caso de Vestuário, alta de -0,46% para 1,45%; Saúde e Cuidados Pessoais, aumento de 0,20% para 0,47%;Educação, Leitura e Recreação, elevação de 0,05% para 0,10%; e Despesas Diversas, crescimento de -0,17% para 0,40%. Por produtos, as altas de preços mais expressivas no varejo, na segunda prévia do IGP-M de outubro, foram apuradas em taxa de água e esgoto residencial, alta de 1,07%; plano e seguro saúde, crescimento de 0,71%; e limão, aumento de 14,59%. Já as mais significativas quedas de preços foram registradas em mamão da amazônia - papaya, queda de 43,34%; manga, redução de 11,64%; e álcool combustível, que registrou baixa de 4,24%. Construção Civil Na construção civil, o INCC acumula elevações de preços de 4,46% em 2006 e de 5,15% em 12 meses até a segunda prévia do IGP-M de outubro. De acordo com a FGV, a aceleração na taxa do INCC, da segunda prévia do IGP-M de setembro para igual prévia em outubro, alta de 0,07% para 0,15%, foi influenciada por elevações de preços mais intensas em materiais e serviços, que tiveram crescimento de 0,13% para 0,22%; e mão-de-obra, alta de 0,01% para 0,08%, no mesmo período. Por produtos, as altas de preços mais expressivas, na segunda prévia do IGP-M de outubro, foram registradas nos preços de refeição pronta no local de trabalho, alta de 0,86%; perna 3x3/estronca de 3ª, aumento de 1,21%; e esquadrias de alumínio, elevação de 0,29%. Já as quedas mais expressivas de preço foram apuradas em elevador social e serviço, redução de 0,22%; azulejo, baixa de 0,52% e louças sanitárias, queda de 0,51%. Fechado de outubro O IGP-M fechado de outubro está caminhando para atingir uma taxa em torno de 0,30%, na avaliação do coordenador de Análises Econômicas da FGV, Salomão Quadros. Ele lembrou que, em igual prévia no mês passado, o resultado do indicador também registrou taxa muito parecida com a divulgada nesta quinta (0,24%), de 0,21%. Em ocasiões anteriores, o economista já havia dito que o cenário atual de inflação é de IGPs mensais na faixa de 0,30%. "Não temos nenhum tipo de choque de preços; e também não estamos lidando com alguma quebra de safra de produto importante", considerou. Além disso, o economista observou que os combustíveis, de grande peso na formação da inflação dos IGPs, estão em queda, favorecidos pela cotação comportada do barril de petróleo no exterior, atualmente. "(No IGP-M de outubro) podemos ter um resultado acima de 0,29%, mas não deve chegar perto de 0,37%", disse, citando o resultado registrado no IGP-M de agosto. Matéria alterada às 12h24 para acréscimo de informações

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