PUBLICIDADE

Publicidade

Senado dos EUA aprova pacote de incentivo tributário

O projeto tem como objetivo dar um impulso à economia do país e, dessa forma, contribuir para a queda do desemprego

Mesmo sob ataque da esquerda democrata e da direita, a Casa Branca obteve ontem a aprovação do Senado ao pacote de incentivos tributários negociado diretamente pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e pelos líderes da bancada republicana. O projeto tem o objetivo de dar um impulso à economia do país e contribuir para diminuir a taxa de desemprego, de 9,8%. A sua principal medida será a extensão a todo o contribuinte pessoa-física, por dois anos, a redução de Imposto de Renda hoje acessível apenas à fatia de 3% mais rica da população. O projeto seguirá para a Câmara dos Deputados e, se for aprovado sem alterações, também manterá por mais um ano as atuais barreiras americanas à importação de etanol brasileiro - a tarifa de US$ 0,54 por galão e a taxa adicional de US$ 0,45 por galão do produto mesclado à gasolina. Marcos Jank, presidente da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Única), afirmou haver consenso no setor brasileiro sobre a abertura de uma controvérsia na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a política americana de proteção ao etanol de milho.A ala republicana mais à direita, o chamado Tea Party, argumentou que o pacote é resultado de um "mau acordo", que trará "resultados mínimos". Nos últimos dias, a ala mais liberal dos democratas criticou o aval de Obama à preservação dos benefícios fiscais para a parcela mais rica dos americanos. A medida foi adotada pelo governo de George W. Bush em 2004 e, desde então, gerou um custo fiscal de US$ 700 bilhões ao ano. O pacote envolverá uma renúncia fiscal de US$ 858 bilhões. Até as 19h50 (horário de Brasília), o projeto havia obtido o mínimo de 60 votos para garantir sua aprovação no Senado. Mas a votação continuava. O pacote envolve medidas para reativar o consumo, o emprego e a concessão de crédito tributário para empresas investidoras em programas de pesquisa e desenvolvimento. Para o governo, a medida mais urgente era a prorrogação por 13 meses do seguro desemprego de 2 milhões de pessoas, cuja vigência termina no dia 31.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.