O crescimento nas vendas da indústria está bastante concentrado em alguns poucos setores: alimentos e bebidas, máquinas e equipamentos e metalurgia básica, segundo o economista da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Paulo Mol. "Apenas esses três setores respondem por 92% das vendas. Ressalta-se que outros 13 setores registraram aumento nas vendas, porém com baixíssima contribuição no índice total", disse Mol. "O ideal seria que o crescimento fosse disseminado por todos os setores. Isto não ocorre, pela valorização do real que torna a produção brasileira menos competitiva no exterior e o produto importado mais competitivo no Brasil", disse. Segundo ele esse padrão de concentração, embora em níveis um pouco menores, mas ainda um pouco elevados, se repete em outros indicadores industriais, como horas trabalhadas (que é o que mais se aproxima da produção industrial divulgada pelo IBGE), pessoal empregado e remunerações pagas. "O lado menos positivo do desempenho das vendas em 2007 é que está muito concentrado. Ao contrário de 2004, quando esse crescimento foi bastante disseminado", disse Mol.
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